A empresa Sumol+Compal aumentou a retribuição mínima de referência para o 1º nível funcional, 920 euros, atualizando assim o salário base para 730 euros e aumentando o subsídio de refeição e prémio de produtividade.
Segundo uma nota enviada às redações, a atualização dos valores cumpre o desígnio de manter a política salarial da empresa, que “sempre foi de ter um salário de entrada superior ao salário mínimo nacional”.
A empresa explica ainda que “no caso dos trabalhadores que trabalham em regime de turnos”, a retribuição mínima será de 970 euros, à qual “acrescerá o pagamento referente ao trabalho noturno”.
De acordo com o mesmo comunicado, a Sumol+Compal “tem vindo a apostar cada vez mais na valorização profissional dos colaboradores”, tendo criado uma “academia interna” que garante “um plano de formação ao longo da carreira e a atualização de práticas e novas competências”.
Recorde-se que os trabalhadores desta empresa convocaram greve em janeiro deste ano, alegando “intransigência” da administração perante reivindicações, como reformulação da tabela salarial e perspetivas de progressão na carreira.
Também em plenários realizados em novembro de 2021, já tinha sido deliberado “o combate à contínua precarização da mão-de-obra, por recurso excessivo e injustificado à prestação de serviços externos e trabalho temporário, bem como a firme oposição aos despedimentos coletivos que a empresa colocou em prática durante os últimos anos”.
Na Carta Reivindicativa então aprovada, era pedida uma valorização do vencimento base em 150 euros, para todos os trabalhadores, para inverter a perda do poder de compra ocorrida na última década, a atualização do subsídio de turno para 25% do salário base, bem como das horas noturnas (de 27,5% para 35% e de 39% para 50%) e do subsídio de refeição para 7,5 euros.
Com Lusa