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Sociedade

Arranca campanha distrital “Pergunta pela Eva” contra a violência e o assédio

A iniciativa integra a campanha contra a violência sexual lançada pela associação Mulher Século XXI, no âmbito da Rede Integrada de Intervenção que se estende a todo o distrito

Arranca esta semana a segunda fase da campanha contra a violência sexual lançada em fevereiro pela associação Mulher Século XXI, no âmbito da Rede Integrada de Intervenção na Violência Doméstica do Distrito de Leiria (RIIVD).

A ação “Pergunta pela Eva” – #perguntapelaeva -, que visa incentivar as vítimas de violência, assédio ou perseguição a pedirem ajuda, tem vindo a colher a colaboração de muitos estabelecimentos de diversão noturna e restauração do distrito.

A violência sexual é também uma das facetas da violência doméstica, problemática que tem vindo a registar um aumento de casos a nível distrital.

Este ano, a Mulher Século XXI recebeu 57 novos pedidos de ajuda de vítimas de violência doméstica, maioritariamente mulheres, sendo que os dados de março ainda são provisórios. Em igual período do ano passado, a associação atendeu 45 novos casos e, em 2020, 46.

Quanto ao total de atendimentos registados no primeiro trimestre de 2021, cifrou-se em 199, mais 25 no que no período homólogo de 2020.

“No último mês, tivemos quase o dobro de casos novos do mês anterior. Estamos a falar de 20 e tal casos novos”, frisou Susana Pereira, presidente da associação, na passada quinta-feira, à margem da assinatura do protocolo para a territorialização da Rede Nacional de Apoio à Vítima de Violência Doméstica (RNAVVD), no âmbito da RIIVD de Leiria.

Segundo a responsável, as vítimas têm em média entre 45 e 50 anos e pertencem a diversos estratos sociais. “Algumas já são vítimas há 30 anos”, mas também há casos em que os pedidos de ajuda surgem aquando da primeira situação de agressão.

O protocolo agora assinado – um dos 16 celebrados a nível nacional mas o primeiro com abrangência distrital e participação de todos os municípios – dá consistência à rede distrital, no terreno desde 2019, e visa, entre outros objetivos, “juntar todas as entidades que são relevantes para a área da violência doméstica e para a igualdade de género do distrito numa só plataforma, homogeneizando “as formas de trabalhar”. Susana Pereira exemplifica: uma vítima de violência doméstica que, até ao momento, era ouvida sucessivamente pelas diversas entidades intervenientes, passa a ser ouvida apenas uma vez para memória futura. “Isto é um exemplo do que podemos fazer se trabalharmos em conjunto”, notou, no final da sessão presidida pela nova secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Sara Guerreiro.

O protocolo, subscrito por várias entidades, entre as quais a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, visa melhorar “a resposta de prevenção, proteção e combate à violência contra mulheres e à violência doméstica” no distrito, e “potenciar e reforçar o trabalho em rede e a cooperação institucional e técnica regular, fomentando uma intervenção articulada entre as entidades com competências na área da violência doméstica”.

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