Gravado em segredo nos últimos 10 meses, “Living Room Bohemian Apocalypse” marca o regresso de David Fonseca às edições, com um objeto artístico que, segundo o próprio, “é um filme, um filme que é um disco, um álbum visual”.
“Chasing the light” é o primeiro de sete episódios a descobrir até junho, neste projeto em que com o músico de Leiria colaboram os atores e atrizes Filomena Cautela, Joaquim Monchique, Sofia Grillo, Susie Filipe e Raquel Henriques, a coreógrafa Filipa Peraltinha ou o modelo Luís Borges. Mas há mais: neste primeiro single, dança Francisco Gomes, bailarino de Leiria, e a rodagem passou, por exemplo, pelos destroços da antiga discoteca Stressless, na Praia do Pedrógão.
David Fonseca avança que este trabalho se revelou “uma oportunidade única para levar a cabo um sonho antigo”, o de construir um disco que pudesse ser “uma experiência visual” que resultasse de “uma aproximação possível ao meu universo criativo com todo o grau de caos e surrealismo que está presente em toda a música que faço”.
“Living Room Bohemian Apocalypse” é, assim, “uma fantasia musical em imagens e sons que leva cada uma destas canções ao seu lugar de imaginação e mistério”.
A cada canção corresponde um episódio que projeta a “viagem intensa a cada lugar musical abstracto”, descreve o músico.
Esta quinta-feira, 7 de abril, revela-se “Chasing the light”, “um dos objetos artísticos que mais gostei de escrever nos últimos anos”, assume David Fonseca:
“No momento em que nada podíamos fazer senão isolarmo-nos, o meu impulso criativo foi no sentido contrário e escrevi uma canção que cavalga à beira do oceano sem uma direção específica”, conta numa publicação no Facebook. O artista pretendia escrever uma canção “que durasse horas, dias”, de forma a retratar “o impulso do desejo e da descoberta, uma perseguição perigosa em direção a uma luz desconhecida”.
O resultado foi “Chasing the Light”, “um épico de quase 9 minutos que fala dessa insatisfação que me empurra desde o primeiro dia para uma estrada longa onde nunca se vê o fim”, numa “mistura improvável de alegria, medo, coragem, determinação e loucura”.
Neste objetivo criativo híbrido, feito disco e filme, surgem “vários talentos artísticos singulares” e “lugares do meu passado e presente, sempre sob o olhar pesado do tempo, aqui retratado com a urgência de um cronómetro que parece torná-lo ainda mais exíguo”, frisa David Fonseca.
“Living Room Bohemian Apocalypse” é, afinal, “a porta de entrada desta mansão abandonada imaginada que começa agora a sua visita guiada pelo mundo real”.
O segundo episódio do novo projeto de David Fonseca é “Live it up”, e tem estreia agendada para dia 22 de abril. Seguem-se “I gotta learn how to let you go” (6 de maio), “Love me or leave me” (20 de maio), “In the zone” (27 de maio), “Not you” (3 de junho) e “Falling out of love” (10 de junho).