O executivo quer avançar com um novo concurso para comboios, desta vez de longo curso, depois de ter lançado no ano passado um procedimento para 117 automotoras para os serviços suburbano e regional, segundo o Programa de Governo.
De acordo com o documento, ontem publicado no site da Assembleia da República, o objetivo é “concretizar o investimento em novo material circulante, executando os concursos já lançados para comboios urbanos e regionais e lançando o concurso para comboios de longo curso, constituindo-se como uma aposta na capacidade industrial nacional para o seu fabrico e montagem”.
O documento recordou que se mantém nos planos do Governo a criação de “um eixo de Alta Velocidade e de elevada capacidade entre Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e a Galiza”.
O caderno de encargos para o concurso dos comboios, apresentado pelo presidente da CP, Pedro Moreira, em dezembro do ano passado, definia que as 117 automotoras que a empresa vai comprar terão um preço base de 819 milhões de euros e adjudicação deverá ocorrer este ano.
Além das automotoras, que incluem 62 unidades para os serviços urbanos e 55 unidades para o serviço regional, a CP tem ainda a opção de aquisição de mais 36 unidades para o serviço urbano. Incluído no objeto do concurso está uma oficina de manutenção de material circulante, em Guifões. Este concurso não contemplou a compra de comboios de longo curso.
Em 21 de fevereiro, a CP – Comboios de Portugal anunciou ter recebido seis candidaturas ao concurso de aquisição de 117 automotoras, apresentadas por três empresas e três consórcios e onde figuram fabricantes europeus, chineses e japoneses.
A entrega do material deverá estar concluída em 2029.