Os municípios que integram a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) vão aplicar o plano STOPvespa_RL, que prevê a instalação de 2.533 armadilhas para captura de vespa asiática.
O projeto, que é financiado pelo Fundo de Coesão em 317.548,67 euros, num total de 373.586,67 euros, prevê duas semanas para instalar as armadilhas, que serão depois objeto de monitorização quinzenal, sendo retiradas no final de junho, referiu a CIMRL, que realçou que as ações serão executadas até 30 de junho de 2023.
Segundo a CIMRL, as armadilhas estão devidamente identificadas, com o autocolante da ação, sendo que os técnicos que procederão à realização da instalação estão também devidamente identificados.
O maior número de armadilhas será colocado no concelho de Pombal (650), seguindo-se Leiria (581), Porto de Mós (273), Marinha Grande (192) e Figueiró dos Vinhos (184).
“A implementação desta operação tem com objetivo a prevenção e o controlo da vespa velutina na Região de Leiria, sendo implementada através da articulação entre várias entidades, nomeadamente os municípios, associações/cooperativas de apicultores”, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, referiu a CIMRL.
Esta operação contou com a “aquisição, colocação e monitorização de armadilhas seletivas com utilização de atrativo com feromona específico para vespa velutina”, e a compra de “serviços de eliminação de ninhos através de intervenção química” e “equipamentos para extermínio/destruição de ninhos e respetivos” equipamentos de proteção individual.
“O STOPvespa_RL – plano intermunicipal de prevenção e controlo da vespa velutina na Região de Leiria, mais do que uma iniciativa dos municípios que integram a CIMRL como forma de resposta integrada e coordenada de combate a um problema comum e transversal a todo território regional, é, acima de tudo, um contributo da região para o controlo de um problema de nível nacional”.
Jorge Vala, um dos dois vice-presidentes da CIMRL, salientou, em novembro de 2021, aquando da aprovação da candidatura, a “importância” desta iniciativa, “tendo em conta o risco da biodiversidade” da região “com o ascendente da vespa velutina”.
“Daí a disponibilidade dos 10 municípios abraçarem esta candidatura”, declarou então Jorge Vala, que é também presidente da Câmara de Porto de Mós, realçando que este é um problema que afeta todos os concelhos desta Comunidade Intermunicipal.
De acordo com o autarca, “a capacidade de instalação desta vespa é muito grande”, sendo que este investimento é “no sentido de prevenir com armadilhas e combater com os equipamentos necessários” para evitar a propagação.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
De acordo com informação disponibilizada no ‘site’ do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, “os principais efeitos da presença desta espécie não indígena manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar” na apicultura, “por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas”, e na segurança pública, dado que estas vespas, “não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros”.