As unidades hoteleiras da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIM Região de Leiria) registaram a taxa média de ocupação mais baixa do Centro do país durante o fim de semana da Páscoa, de acordo com um levantamento realizado pelo Turismo Centro de Portugal (TCP).
O inquérito efetuado junto das unidades hoteleiras e de turismo em espaço rural revelou que a taxa média de ocupação foi de 21,6% no conjunto dos municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
Os hotéis da CIM Região de Leiria registaram uma taxa de ocupação de 26% na Sexta-feira Santa, de 23,2% no sábado e de 15,6% no domingo.
Apesar destes dados, o TCP considera que, em termos globais, “o fim de semana da Páscoa foi muito positivo para a atividade turística na região Centro, que registou taxas de ocupação elevadas”. “Os dados mostram que a procura foi grande em todo o território, com a taxa de ocupação a atingir, na globalidade, os 58,1% na sexta-feira e os 50,8%% no sábado”, explica em comunicado.
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A amostra, que corresponde a um terço dos estabelecimentos hoteleiros e de turismo em espaço rural, revelou que a “procura registou um impacto particularmente expressivo nas sub-regiões de Aveiro, da Beira Baixa e do Oeste. “Mas esta foi também uma Páscoa muito gratificante para os empresários de turismo das sub-regiões do Médio Tejo, Coimbra, Viseu Dão Lafões e Beiras e Serra da Estrela”, descreve o TCP.
Em relação à origem dos visitantes, houve “uma grande afluência” de espanhóis nos postos de turismo do TCP – em Aveiro, por exemplo, foram 80,3% dos contactos no posto de turismo. França, Brasil, Alemanha e Estados Unidos foram “outros mercados emissores importantes, além do mercado nacional”.
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“Estes números do fim de semana de Páscoa, positivos em praticamente toda a região, levam-nos a acreditar que 2022 será, finalmente, o ano do início da recuperação da atividade turística”, considera o presidente do TCP, Pedro Machado.
“Apesar dos condicionalismos que limitam esta atividade – desde logo a pandemia, que ainda não acabou, a guerra na Europa e a subida do custo de vida –, a vontade de viajar e sair de casa por parte de todos é inabalável”, adianta Pedro Machado, convicto que “se nada de anormal acontecer até lá, o verão vai ser gratificante para os empresários da atividade turística da região”.