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Sociedade

24 projetos de apoio social do distrito de Leiria recebem 15,3 milhões de euros do Estado

As 24 candidaturas contemplam um investimento total de 25.886.351 euros, relativos a novos projetos de apoio a idosos e à deficiência ou requalificação.

Cerimónia juntou no Teatro Miguel Franco responsáveis da diversas instituições apoiadas e autarcas de todo o distrito DANIELA FARIA

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social apresentou hoje um investimento de 15.3 milhões de euros para as instituições particulares de solidariedade social do distrito de Leiria, no âmbito da terceira geração do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES 3.0).

Ana Mendes Godinho entregou hoje os 24 contratos de aceitação no âmbito do PARES 3.0 para o distrito de Leiria, numa cerimónia no concelho de Leiria, onde destacou que “o investimento social é um instrumento e motor determinante do nosso desenvolvimento”.

O PARES, acrescentou, é “todo financiado através de verbas dos jogos sociais”.

“Mobilizámos e tentámos alocar a maior verba possível para as prioridades que são críticas do ponto de vista social e que identificámos, nomeadamente durante a pandemia: requalificação de lares, investimento de novas respostas de lares e de alargamento da capacidade de resposta e de soluções inovadoras”, adiantou a ministra à margem da assinatura.

Para o distrito de Leiria, as 24 candidaturas contemplam um investimento total de 25.886.351 euros, do qual 15.325.655 euros são de apoio público. Serão intervencionados 1.800 lugares, de 48 respostas sociais.

Ana Mendes Godinho salientou os 371 projetos aprovados em todo o país, num investimento total de 393.049.774 euros, do qual o Governo apoia com 234.310.383 euros, intervencionado 22.365 lugares.

“Hoje estamos aqui a assinar em Leiria, mas estarei em Coimbra e Porto para arrancarem no terreno, e que abrangem na totalidade de cerca de 22 mil lugares, entre requalificação e novos lugares nas respostas para pessoas mais velhas e com deficiência”, afirmou a governante socialista.

Durante a sua intervenção, a ministra destacou a importância do sector social durante a pandemia, demonstrando uma “profunda gratidão não só para os presentes como para todos os que trabalham nas vossas instituições”.

“São pessoas extraordinárias que mostraram a importância do que é o sector social no modelo que temos em Portugal. Temos um Estado social que vive em parceria e numa mobilização conjunta de recursos entre o Estado e o setor social para chegar e responder às pessoas que mais precisam”, acrescentou Ana Mendes Godinho.

Segundo a ministra, foi graças ao sector social que não se verificaram situações como as que se viram em Itália ou Espanha. “Víamos imagens dramáticas de pessoas abandonadas nos lares. Aqui não aconteceu graças a vós e a esta grande capacidade de trabalho conjunto. O que nos permitia continuar a responder era saber que tínhamos quase este exército social de pessoas no terreno ao serviço dos outros, respondendo às várias necessidades”, destacou ainda.

O presidente da Câmara de Leiria e da Comunidade Intermunicipal de Leiria, Gonçalo Lopes, apelou ao Governo que “tenha uma atenção especial para a necessidade de desenvolvimento de uma rede de respostas equilibrada e ajustada às reais necessidades do país, tendo em conta as especiais necessidades das zonas que se confrontam de forma mais aguda com o problema da baixa densidade populacional”.

“Sem esquecer também os concelhos de média dimensão, neste caso refiro-me aos do distrito de Leiria, que, por estarem fora da área de influência das grandes áreas metropolitanas e afastados dos centros de decisão do poder central, são frequentemente negligenciadas na distribuição dos recursos disponíveis”, salientou o autarca socialista.

Gonçalo Lopes adiantou ainda que será importante que “programas como o PARES, e em especial o PRR [Programa de Recuperação e Resiliência], possa ter uma atenção aos valores de referência daquilo que é considerado nas candidaturas”.

“Quando foram idealizadas, não contaram com esta crise resultante da guerra que estamos a viver. Hoje, tudo está mais caro e muitos dos materiais e os projetos idealizados estão com falta de matérias-primas. Tenho sentido isso junto das instituições”, alertou o autarca.

Por isso, o presidente da Câmara de Leiria apelou para que “além deste apoio” se possa “garantir o seu financiamento e que esse seu financiamento agora é superior aquilo que tinham idealizado aquando da sua candidatura”.

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