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Música

Orfeão estreia concerto didático “O Piratinha Brincalhão”

O livro “O Piratinha Brincalhão”, de Trindade Pereira, ganha nova vida no palco do Teatro José Lúcio da Silva, este domingo, dia 15, às 11 horas. A entrada neste concerto didático - pensado para famílias - é livre

As histórias que Trindade Pereira conta aos meninos e meninas do Centro de Bem Estar Infantil de Monte Real foram crescendo, passaram a livro e, este domingo, uma delas chega a palco num concerto didático. A partir de “O Piratinha brincalhão”, escrito pela educadora de infância, a Camerata e os Coros de Iniciação do Orfeão de Leiria interpretam composições de Sérgio Varalonga e Rui Lavos, no âmbito do ciclo “Os Iberzitos vão à música”.

O espetáculo reflete a ambição de Trindade Pereira gravar em disco as canções que acompanham a história. Isso aconteceu em 2020, mas a pandemia adiou a estreia ao vivo. Ela tem lugar em Leiria, domingo, dia 15, seguindo para outros cinco concertos no norte do distrito, envolvendo a Camerata, constituída por 13 por alunos do conservatório (10 a 18 anos) e um coro de 28 alunos do 7º ano da Escola José Saraiva, do ensino articulado.

“Surgiu por acaso, por sugestão da autora, mas é o início de algo que pretendemos fazer na escola”, explica o diretor pedagógico do Orfeão de Leiria, Mário Teixeira. A intenção é trabalhar livros do Plano Nacional de Leitura abordando temas como a proteção da água ou das florestas e cruzando música, dança, ou teatro”, em projetos que sejam de alunos para alunos de outas escolas”.

Ao vivo, antecipa Mário Teixeira, “O Piratinha brincalhão” será como um musical, com secção musical, explicação dos instrumentos da Camerata e diferenças entre eles e narração da história. “Tudo é apresentado de forma muito simples”.

Trindade Pereira explica que “O Piratinha brincalhão” surge na sequência de “Capitão brincalhão”, história que foi ponto de partida para uma caça ao tesouro. Se no primeiro os piratas chegam à ilha – um Monte Real rodeado por mar como há muitos milhares de anos -, o segundo livro é passado num tempo contemporâneo, redescobrindo essa ilha perdida. Quando Trindade Pereira o escreveu, em 2014, uma grande cheia inundou os campos de Monte Real. E criou um “mar” como o retratado na história, que junta assim ficção e realidade no espaço histórico e geográfico daquele lugar.

A dias da estreia, a autora admite ansiedade. “Estou muito contente, é um enriquecimento muito importante. A história já tinha sons e a musicalidade será crucial”, conclui.

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