A peregrinação das crianças voltou ontem e hoje ao recinto do Santuário de Fátima, após dois anos de interregno. Os mais novos participaram na celebração da Eucaristia, entregaram flores a Nossa Senhora e assistiram a uma celebração alusiva à frase “Gostei muito de ver Nosso Senhor” de Francisco Marto, o vidente de Fátima canonizado em 2017, conjuntamente com a sua irmã Jacinta, pelo Papa Francisco.
Na homilia da missa da peregrinação das crianças ao Santuário de Fátima, o bispo de Leiria-Fátima lembrou o sofrimento das crianças ucranianas, “com esta guerra que lhes mete medo, os fere, mutila e mata”, pedindo que se olhe para elas “com olhos de misericórdia”.
José Ornelas defendeu que as crianças constituem o “tesouro mais precioso da humanidade” e, por isso, devem ser “o centro das famílias” e a “esperança do mundo”.
O prelado, que é também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), exortou ainda a que se olhem para as crianças “com olhos de misericórdia, pedindo para eles e para todo o mundo o dom da Paz, da fraternidade e da justiça, especialmente para os mais frágeis e desprotegidos”.
A peregrinação das crianças ao santuário da Cova da Iria voltou, na quinta-feira e hoje, a realizar-se de forma presencial, depois de dois anos de interregno devido à pandemia de covid-19.
O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, em declarações citadas na página da instituição na Internet, sublinhou o “momento de alegria” que representa o regresso de forma presencial, embora com um número menor de participantes que em anos pré-pandemia.
“Sabemos que ainda é um número reduzido de crianças, comparando com outros anos, mas ainda assim é um bom sinal dá-nos ânimo e diz-nos que estamos a regressar aos poucos”, disse Carlos Cabecinhas.
Com Lusa