O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) abriu hoje, dia 17, o Hospital de Dia de Cardiologia, um serviço dedicado a receber e tratar doentes para procedimentos em ambulatório nas áreas de hemodinâmica, pacing cardíaco, insuficiência cardíaca e para outras técnicas da especialidade.
Em nota de imprensa, o conselho de administração do CHL informa que a criação do novo espaço no Serviço de Cardiologia representa um investimento de cerca de 200 mil euros.
“O Hospital de Dia tem monitores e computadores instalados, e os profissionais dispõem de novos dispositivos de diagnóstico, como holters, ecocardiógrafo e eletrocardiógrafo, equipamentos recentemente adquiridos no Serviço de Cardiologia, que aumentam a capacidade e a qualidade de resposta em várias áreas desta especialidade”, refere o comunicado.
“Os doentes com insuficiência cardíaca são aqueles que necessitam de visualizações rápidas em ecografia, pelo que ter um posto de eco no nosso Serviço permite-nos acabar com o “sobe e desce” dos doentes dentro do hospital para fazer exames, poupando tempo e aumentando o conforto dos doentes. Esta unidade de ecografia deixa-nos fazer tudo, e se necessário, a ecografia transofágica”, explica João Morais, diretor do Serviço de Cardiologia do CHL.
“Ao nível dos holters, vamos ficar com capacidade para registar 10 doentes, o que representa duplicar a capacidade em holter, e consequentemente reduzir a lista de espera. Os novos aparelhos têm maior facilidade de leitura e reduzem a margem de erro. Além da utilização no hospital de dia e no Serviço de Cardiologia, os 10 novos e modernos eletrocardiógrafos portáteis possibilitam apetrechar algumas das nossas Urgências, inclusive a Urgência Pediátrica”, acrescenta o especialista.
A nova unidade de Dia está localizada na torre nascente do Hospital de Santo André, em Leiria, com capacidade para ter seis doentes em simultâneo. O Serviço estima que anualmente o novo Hospital de Dia de Cardiologia trate perto de mil doentes.
“O conceito de Hospital de Dia para o doente com insuficiência cardíaca é um grande avanço do ponto de vista da situação clínica, ao sermos uma retaguarda importante. Permite que os doentes que identificamos por estarem em fase de descompensação por insuficiência cardíaca possam ser sujeitos a procedimentos simples, o que dá uma grande agilidade ao médico que trata estes doentes, e a possibilidade de os acompanhar mais de perto, o que nos deixa salvar mais vidas, e também reduzir os internamentos, que no caso destes doentes interferem com a sua esperança de vida”, explica João Morais.
Por seu turno, Licínio de Carvalho, presidente do conselho de administração do CHL, entende que “este é mais um avanço na nossa estratégia de ambulatorização de cuidados, em que privilegiamos o tratamento em ambiente hospitalar num regime de hospital de dia, em detrimento do internamento clássico, que condiciona mais o doente e tem um maior peso financeiro para a instituição”.
