Há mais homens, equipamentos e uma aposta grande na prevenção, e no combate dos incêndios numa fase precoce.
Segundo Carlos Guerra, comandante distrital de operações de socorro, estão no mês de junho mobilizados 558 elementos em todo o distrito de Leiria. O número, explicou, aumenta para 637 elementos entre 1 de julho e 30 de setembro, período avaliado como de nível IV, “a fase mais musculada” e considerada como mais crítica no combate aos incêndios rurais.
Os dados foram revelados segunda-feira, na apresentação do Plano Operacional Distrital no âmbito do DECIR (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais) de 2022 para o distrito.
O “dispositivo é muito semelhante ao de anos anteriores” e o aumento, em termos humanos, resulta sobretudo “por força da constituição das Equipas de Intervenção Permanente (EIP)”. No distrito de Leiria estão constituídas 39 EIP e outras seis aguardam validação. O mesmo é dizer que há 195 bombeiros e 39 veículos que formam estas equipas e que estão disponíveis para ajudar no combate ao incêndio.
“O grande objetivo é o ataque inicial, é debelar os incêndios na sua fase mais nascente, o mais precoce possível”, disse Carlos Guerra, realçando que todos os operacionais devem “combater com rapidez e segurança”, tendo como missão a segurança das populações e dos operacionais, em primeiro lugar, e depois do meio ambiente.
Além dos 637 elementos, o Plano prevê ainda a utilização de três helicópteros, localizados em Pombal, Porto de Mós e Figueiró dos Vinhos, e o recurso a torres de vigia, que cobrem quase todo o território do distrito, quer por meios instalados, quer por torres móveis ou drones, duas das novidades do Plano de 2022.
O comandante alertou ainda que, segundo dados da GNR, “cerca de 65% dos incêndios têm causa humana, negligente ou dolosa” e que as queimas e queimadas representam 30 a 35% dos incêndios rurais.