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Saúde

PSD questiona Governo sobre limitações da urgência do hospital de Leiria

No documento, os deputados perguntam “que soluções serão adotadas para garantir os níveis mínimos de segurança para que se verifique a reabertura do serviço de urgência da unidade”.

Foto de Arquivo

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Leiria enviaram hoje uma pergunta à ministra da Saúde sobre a falta de recursos humanos e os constrangimentos na prestação de cuidados de saúde nas urgências do hospital de Leiria.

Depois de ser tornado público que esta quarta-feira a urgência do hospital de Leiria registou um “aumento” da afluência de utentes, “muito superior à capacidade”, o que obrigou o conselho de administração do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) a pedir o encaminhamento de doentes emergentes para outras unidades hospitalares de referência da rede do Serviço Nacional de Saúde, os sociais-democratas pretendem saber se a tutela teve conhecimento do “encerramento do Serviço de Urgência Geral do Hospital de Santo André, em Leiria, por falta de recursos humanos” e se a tutela “foi informada de constrangimentos na prestação de cuidados de saúde a utentes na última quinzena, por aumento de afluência”.

No documento, os deputados perguntam ainda “que soluções serão adotadas para garantir os níveis mínimos de segurança para que se verifique a reabertura do serviço de urgência da unidade” e se “está prevista a contratação de mais recursos médicos para o Hospital de Santo André, nomeadamente para reforço do Serviço de Urgência Geral”.

Os sociais-democratas realçam que o Serviço de Urgência Geral está “sob pressão há algum tempo, com a administração do CHL a confirmar ‘os constrangimentos dos últimos dias’, que impedem ‘uma resposta adequada ao nível da prestação de cuidados de saúde’”.

Os problemas verificados no Serviço de Urgência Geral do Hospital de Santo André, em Leiria, já se encontram ultrapassados e o funcionamento está normalizado, disse hoje à agência Lusa o conselho de administração.

O CHL esclarece ainda que, apesar de o Serviço de Urgência Geral ter enfrentado um período com dificuldades devido à sobrelotação de doentes, não esteve encerrado em nenhum momento”, sublinhou o conselho de administração, numa resposta escrita.

Segundo o CHL, “a única alteração foi o reencaminhamento de doentes emergentes, referenciados via CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes), para outras unidades do SNS, devido à afluência anormal, e para não prejudicar o atendimento dos outros doentes que acorriam às urgências, e foram todos atendidos”.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) voltou a denunciar à Lusa, na quarta-feira, que as urgências estavam fechadas.

O secretário regional do Centro do SIM, José Carlos Almeida, disse à agência Lusa que esta é uma “situação extremamente grave” e que “põe em causa o atendimento de um universo de 400 mil pessoas”.

“É o espelho do desinvestimento do Governo no SNS”, sublinhou, ao lamentar ainda que o CHL esteja a reverter “mais de 30 camas” que eram para doentes agudos em unidade de cuidados continuados.

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