A partir de julho, os munícipes dos seis concelhos servidos pela empresa intermunicipal Tejo Ambiente (Ourém, Tomar, Vila Nova da Barquinha, Ferreira do Zêzere, Mação e Sardoal) vão ter de pagar tarifas mais caras na água, no saneamento de águas residuais e na gestão de resíduos urbanos.
Contas feitas, o aumento da tarifa fixa e variável do serviço público de abastecimento de água, para um consumidor doméstico de 10m3 de água por mês (média) traduzir-se-á num aumento de 2,81€. Já o aumento da tarifa fixa e variável do serviço público de saneamento de águas residuais será de 1,70€ enquanto para o mesmo consumidor tipo, o aumento da tarifa fixa e variável do serviço de resíduos urbanos traduzir- se-á em 0,30€ mensais.
O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Administração e da Câmara Municipal de Ourém, em Tomar, a 9 de junho. Luís Albuquerque anunciou ainda que “os municípios acionistas poderão assumir o custo integral, com a aplicação do tarifário especial aos clientes domésticos sociais e clientes não domésticos considerados instituições sem fins lucrativos”.
As seis autarquias “irão pagar uma tarifa especial no âmbito do abastecimento de água e do saneamento de águas residuais, somente aplicável aos contratos em nome dos municípios”, entre outras medidas que derivam do novo EVEF (estudo de viabilidade económica-financeira) que visa colmatar o défice global de 2,2 milhões no primeiro ano e 895 mil euros, no segundo ano de atividade.
Mas, Luís Albuquerque considera que, o somatório dos prejuízos habituais dos concelhos, anteriormente, face ao investimento “em curso de 29 milhões de euros” justifica o prejuízo.
O EVEF que já conta c om parecer favorável vinculativo e obrigatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), determinou o “aumento do montante de investimento (relativamente ao plano de investimentos anterior), a curto prazo, em cerca de 4M€, num valor global acumulado de 42,4M€, até final de 2024” e que se traduzir-se-á na “renovação dos emissários da Ribeira de Seiça e da ETAR do Alto Nabão”, bem como no “aumento da taxa
de cobertura das redes” e renovação das mesmas.
Luís Albuquerque revelou ainda que o serviço de resposta às perdas de água foi externalizado, por falta de pessoal: “Até final de 2021, 30% das chamadas não eram atendidas”, assinalou.