A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIM Região de Leiria) aprovou esta terça-feira, dia 19, “um plano de ação para a execução de medidas de ordenamento florestal” e vai solicitar ao Governo o “reforço de incentivos para minimizar as significativas perdas materiais nos concelhos mais afetados pelos incêndios”.
Na Região de Leiria arderam mais de 12.500 hectares, com especial incidência nos concelhos de Alvaiázere (4.398,95 ha), Ansião (2.491,32 ha), Leiria (3.973,78 ha) e Pombal (1.688,59 ha), ou seja, quase 30% do valor total da área ardida em Portugal (43 mil ha), no período compreendido entre 7 e 18 de julho.
Para os autarcas da região de Leiria “torna-se necessário tomar medidas concretas e concertadas no sentido de recuperar as áreas ardidas, através de um plano coerente, sem medidas avulsas ou isoladas”. Por isso, “exigem um plano de ação para a execução de medidas de ordenamento florestal nos concelhos afetados”.
Na perspetiva da CIM Região de Leiria, deve ser revisto o Programa Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral, adaptando-o à nova realidade”, porque as áreas ardidas desde 2017 “precisam urgentemente de um correto ordenamento”.
“Nos concelhos mais afetados pelos incêndios da Região de Leiria, em articulação com as organizações de produtores florestais e as autarquias, deve ser implementado um plano através de medidas de gestão integrada e com reforço de financiamento”, defende a CIM Região de Leiria.
A criação de um projeto de implementação e manutenção das redes de defesa intermunicipais (rede viária florestal e redes de pontos de água), “condição necessária para mitigar os riscos de reacendimentos e propagação rápida de incêndios”, é outra prioridade apontada pelos autarcas.