O município de Ourém estima uma área ardida na ordem dos 3.000 hectares, num balanço provisório dos incêndios que assolaram o concelho na semana passada, disse o presidente da autarquia.
“O município de Ourém já tem uma equipa no terreno, responsável por fazer o apuramento dos prejuízos, sendo que, até ao momento, há a lamentar o facto de ter ardido uma habitação própria, uma oficina e, aproximadamente, 3.000 hectares de floresta”, refere uma declaração de Luís Albuquerque, proferida na última reunião de executivo.
Segundo o documento, divulgado esta terça-feira, dia 19,, a preocupação agora é que “se evitem momentos como aqueles” que foram vividos.
Enaltecendo e agradecendo, “uma vez mais, a bravura de todos os que ajudaram a salvar vidas e bens”, Luís Albuquerque admitiu que nos “últimos dias” se vivenciaram “dias muito difíceis” no concelho, “especialmente na União de Freguesia de Freixianda, Ribeira do Fário e Formigais, na União de Freguesia de Matas e Cercal e na freguesia de Espite”.
“Em nome da câmara municipal, quero deixar uma palavra de apreço, coragem e solidariedade para com as famílias e empresas que de alguma forma perderam muitos dos seus bens. Felizmente não há a lamentar a perda de qualquer vida humana, que é o mais importante”, salientou o autarca.
O presidente do Município de Ourém expressa “um agradecimento muito especial às populações, que foram heroicas, estando constantemente na linha da frente, mostrando grande espírito de solidariedade e de cidadania”.
“Para todos os elementos do dispositivo de combate e de apoio logístico, o nosso especial agradecimento. Falo nomeadamente de bombeiros, proteção civil, Guarda Nacional Republicana, Exército, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, juntas de freguesia, Insignare, escuteiros, dirigentes e funcionários da câmara, EDP, BeWater, Altice, instituições particulares de solidariedade social, entre outras”, frisou.
Luís Albuquerque acrescentou que, “apesar do investimento feito na prevenção e nos meios de combate”, não foi possível “poupar” o concelho a “este flagelo dos incêndios”.
“Lamentamos, por isso, profundamente que os oureenses tenham passado por momentos de medo e angústia, mas há circunstâncias que, por mais que queiramos, não conseguimos evitar. Mantemos, no entanto, o compromisso de continuar muito vigilantes e de apoiar aqueles que viram os seus bens consumidos pelas chamas”, assegurou.
O primeiro incêndio eclodiu na União de Freguesias da Friexianda, Ribeira do Fárrio e Formigais, concelho de Ourém, na quinta-feira, dia 7 de julho, pelas 16h37, vindo a propagar-se ao concelho de Alvaiázere e a Ferreira do Zêzere.
Na terça-feira, dia 12, registou-se um novo fogo em Ourém, em Cumieira, na freguesia de Espite, pelas 12h07.