Gonçalo Lopes, presidente da Câmara de Leiria, defende a criação de um centro nacional de apoio aéreo para combate aos incêndios, instalado em Monte Real. O autarca considera que o novo centro deveria funcionar na na Base Aérea n.º 5.
A proposta foi defendida na reunião do executivo municipal desta terça-feira e apresenta uma nova abordagem para a base aérea que Leiria também já reclamou poder funcionar como aeroporto.
Na rede social Facebook, Gonçalo Lopes explicitou a ideia, adiantando considerar que a Base Aérea de Monte Real “pode desempenhar um papel fulcral e central nesta abordagem, com a criação de um centro nacional de apoio aéreo de combate a incêndios, o que, em termos práticos, passaria pela instalação de uma plataforma para estacionar os aviões e criação de infraestruturas para formação e treino de pilotos, mecânicos e pessoal de terra, tornando esta base militar capaz de responder a esta ‘guerra’ que todos os anos atinge”.
Com os fogos florestais no centro das preocupações neste verão, Gonçalo Lopes reforça a ideia de que esta é uma tendência que veio para ficar e que se deverá intensificar: é “uma tendência que se tem vindo a acentuar dos últimos anos e que torna evidente que o atual modelo de combate está obsoleto e não responde à dimensão do desafio”.
Gonçalo Lopes aponta ainda a “frequência de fenómenos meteorológicos extremos, nomeadamente as ondas de calor que atingem a Europa”, situação que “torna o combate mais difícil, impondo uma nova abordagem que tem de ser mais rápida e impactante, o que apenas é possível com um forte dispositivo de meios aéreos em prontidão, com capacidade de acorrer a todo o país, de preferência integrados no Mecanismo Europeu de Proteção Civil”.
Portugal, defende o autarca de Leiria, “necessita de uma frota de aviões anfíbios ligeiros e pesados, e helicópteros ligeiros e pesados, fazendo todo o sentido que seja instalada em Monte Real, pela sua posição central, e por ter massa crítica instalada, o que facilitaria a agilizaria a sua entrada em funcionamento”.
“Defendi esta solução hoje na reunião da Câmara Municipal de Leiria por entender que não podemos adiar esta questão, nem ficar reféns de indecisões que nos deixem à mercê, ano após ano, das previsões meteorológicas para antevermos quando a tragédia nos vai bater à porta. Os fogos vieram para ficar e nós temos de estar à altura”, acrescentou.
Na reunião, salientou que a Base Aérea de Monte Real pode ser “uma nova oportunidade de desenvolvimento de Proteção Civil mais musculada e para garantir a segurança de Portugal e da Península Ibérica”, sediando meios aéreos que vão ser adquiridos, para haver alternativas ao seu aluguer recorrente.
Para Gonçalo Lopes, esta é uma “mudança que se exige” e o país tem “capacidade e necessidade de dar este passo”.
Com Lusa
Nuno disse:
Primeiro queria um aeroporto civil e agora o centro de Incendios… a semana que vem quer um continente dentro da base so pode….
Que desnorte total…!
A ideia é válida mas em OVAR e nao em Monte Real.