A sétima edição do Festival de Teatro Comunitário Novos Ventos, organizado pelo Leirena Teatro, está já na reta final. Depois de levar teatro e novo circo a Marrazes, Monte Redondo e Arrabal, o festival assentou ontem nas Cortes, em Leiria, para dar a conhecer seis espetáculos de companhias profissionais e criados em conjunto com a comunidade local.
Após a apresentação de “Vai ser até difícil habitar amanhã”, por Victor Rigonatti e Margarida Franco, da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, do Porto, a Quinta da Cerca recebe este sábado, às 21h30, o espetáculo “Máquina de encarnar” da companhia ASTA Teatro, da Covilhã.
Para o último dia do festival, está reservado muito teatro comunitário na Casa-Museu João Soares, às 15 e às 18 horas. Entram em cena elementos da Belidade, da Sociedade Artística e Musical Cortesense, da Casa-Museu João Soares, da InPulsar e da Paróquia de Leiria.
O destaque desta sétima edição vai para o último espetáculo, que se revela especial e um primeiro passo para o futuro do Leirena Teatro. É que a companhia de Leiria vai levar à Quinta da Cerca o “Globo de Saramago- 1993” com audiodescrição e Língua Gestual Portuguesa, em parceria com o Centro de Reabilitação e Integração de Deficientes (CRID). Este domingo, dia 10, às 21h30.
Segundo Frédéric da Cruz Pires, diretor do Leirena, está é uma “primeira abordagem para vermos como conseguimos chegar mais perto das pessoas (…) para que possam habitar o mesmo espaço e ter acesso à cultura”.
Neste âmbito, o Leirena Teatro vai realizar em novembro uma sessão descontraída para pessoas com deficiência. E na próxima edição de Novos Ventos, em 2023, a intenção é ter sempre um espetáculo com Língua Gestual Portuguesa e audiodescrição, adianta.
“É um passo que tem de ser dado, não só pelo Leirena como por outros equipamentos”, realça.