As obras para instalar uma creche na antiga fábrica vidreira Ivima na Marinha Grande, deverão ter início este ano e prevê-se que a valência esteja em funcionamento em setembro de 2024.
“O objetivo é iniciar as obras no final deste ano. O prazo de execução é de 18 meses, para que a creche esteja em funcionamento em setembro de 2024, quando se inicia o novo letivo”, afirmou à agência Lusa a vereadora Ana Alves Monteiro, que tem, entre outros, o pelouro dos equipamentos sociais na Câmara da Marinha Grande.
A creche, a instalar numa das alas da antiga unidade fabril, vai ter capacidade para acolher 84 crianças distribuídas por seis salas. Na outra ala deste edifício estão diversas associações.
A criação desta resposta social é um objetivo da Câmara da Marinha Grande há mais de 10 anos.
“O processo de candidatura da creche prevê que o espaço funcione em regime normal, de segunda a sexta-feira, podendo vir a justificar-se um serviço específico para dar resposta às situações em que os encarregados de educação não tenham retaguarda familiar e, por motivos laborais, tenham de trabalhar por turnos”, referiu a vereadora.
O orçamento para a obra, à data de hoje, é de cerca de 1,1 milhões de euros acrescidos de IVA, sendo a comparticipação do Plano de Recuperação e Resiliência na ordem dos 813 mil euros.
“Esta creche vai permitir a criação de novos postos de trabalho na área social”, salientou a autarca.
No concelho, de acordo com dados de 2020 fornecidos pela Câmara, existiam 984 crianças em idade de creche, mas apenas 177 lugares. Destes, 145 tinham acordos de cooperação, o que se prevê, igualmente, com os lugares na futura creche.
Numa nota de imprensa divulgada na sexta-feira, quando foi entregue o contrato relativo à construção deste equipamento, a Câmara explicou que o objetivo é “aumentar as respostas sociais destinadas à 1.ª infância”, para acolher “crianças até aos 3 anos de idade, durante o período de trabalho dos pais, ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto ou de direito, assim como durante qualquer outro impedimento que os mesmos tenham em virtude da conciliação da sua vida familiar”.
Segundo informação disponível no sítio na Internet da Câmara da Marinha Grande, “a IVIMA foi fundada em 1955, quando a Vista Alegre e um grupo de sócios com ligações a esta conhecida fábrica de porcelana adquiriram a maioria do capital da Fábrica Nova à Companhia Industrial Portuguesa (CIP), então um dos grandes grupos industriais do país”.
A unidade fabril fechou portas em 1999.