A Peregrinação do Migrante e do Refugiado ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto, vai ser presidida pelo bispo de Fall River, Estados Unidos da América, o brasileiro Edgar Moreira da Cunha.
Esta peregrinação, que tradicionalmente leva à Cova da Iria muitos emigrantes portugueses, além de comunidades de imigrantes, assinala os 50 anos da Semana Nacional de Migrações e os 60 anos da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM).
Estes aniversários suscitam “um conjunto de sentimentos e bons propósitos: sentimentos de ação de graças ao Senhor por estes abençoados e fecundos anos, cheios de vitalidade; sentimentos de gratidão a quantos serviram e servem dedicadamente esta obra”, segundo uma mensagem da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana (CEPSMH), citada pela agência Ecclesia.
A realidade “é muito diversa da de então: os emigrantes da década 60 e 70 do século passado estão, em regra, bem integrados nos países para onde emigraram, assim como os seus descendentes; os novos emigrantes neste milénio apresentam-se como uma geração com maior grau de instrução e profissionalmente mais preparados”, reconhece a nota.
A CEPSMH alerta, no entanto, que “o número de imigrantes a chegarem a Portugal aumenta todos os dias, com os desafios que isso acarreta”.
“A realidade dos refugiados e do tráfego humano, que chegam à Europa, entra-nos pelos olhos e pelo coração adentro”, acrescenta.
Os dias 12 e 13 de agosto recebem a terceira grande peregrinação do ano ao Santuário de Fátima, depois de 12 e 13 de maio e 10 de junho (Peregrinação das Crianças). Em 12 e 13 de outubro, a última peregrinação aniversária do ano à Cova da Iria, as cerimónias serão presididas pelo bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas.