O bispo da Diocese de Leiria-Fátima publicou uma nota pastoral em que “exprime especial gratidão aos responsáveis” envolvidos no combate aos incêndios”, sobretudo os bombeiros, e destaca que a “a maioria tem origem na ação e na incúria humanas”.
“A continuação de temperaturas elevadas e da seca que aflige o nosso e muitos outros países apelam à responsabilidade cívica acrescida de todos, tendo em conta que a maioria destes fogos têm origem na ação e na incúria humanas”, refere D. José Ornelas.
“É imperioso acolher os avisos providentes das autoridades, para evitar a continuação destas desgraças”, adianta o prelado, que “exprime especial gratidão aos responsáveis das autoridades nacionais e autárquicas, da Proteção Civil, forças de segurança e militares e, sobretudo, aos bombeiros e voluntários civis, que têm sido incansáveis na defesa das vidas e habitações e na contenção deste flagelo”.
Por outro lado, refere a “Nota pastoral sobre os incêndios”, publicada na sexta-feira, dia 26, “é necessário entender que o acentuar-se destes fenómenos extremos é resultado de um modo de vida que tem de mudar em todo o mundo, para defender o planeta”, mas também que “as autoridades tomem medidas estruturais para combater estes flagelos e o degradar-se dos recursos naturais”.
“Mas, especialmente nestes momentos de crise, agravados pela guerra que gera escassez de bens essenciais, todos nós devemos sentir solidários no esforço comum de preservar o ambiente, através da mudança de hábitos, a começar pelo uso criterioso dos bens preciosos e fundamentais como a água e a energia”, salienta D. José Ornelas.
Nas semanas passadas, o território da diocese e da região foram “fustigados por uma série de incêndios que consumiram os bens de muitas famílias e empresas, puseram em risco casas e pessoas e destruíram milhares de quilómetros quadrados do património florestal”, constata o bispo da Diocese de Leiria-Fátima.
O prelado adianta que tem “procurado acompanhar, na medida do possível, estas situações gravosas em contatos com autoridades e paróquias atingidas” e estende “a todos os que sentiram a aflição e as consequências destes dias”, a sua “amizade, solidariedade e oração”.