A greve dos guardas prisionais adiou hoje o início do julgamento, no Tribunal Judicial de Leiria, do suspeito dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver de que foi vítima um homem, em Figueiró dos Vinhos.
O presidente do coletivo de juízes explicou que foi comunicado pelo Estabelecimento Prisional de Leiria, onde o arguido está detido preventivamente, que o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional decretou uma greve e que, devido à paralisação o estabelecimento, não levará o arguido para julgamento.
O magistrado judicial salientou que “o tribunal considera indispensável a presença do arguido desde o início da audiência de julgamento”, pelo que este foi adiado para 12 de outubro, sendo a segunda data o dia 19 do mesmo mês.
“Adianta-se ainda que, devido aos inúmeros julgamentos, muitos deles com processos urgentes e/ou com arguidos presos, o Tribunal não tem disponibilidade para outras datas, sendo certo que o prazo máximo de prisão preventiva nos presentes autos encontra-se já bastante próximo do fim”, acrescentou o juiz.
O suspeito, de 52 anos, está ainda acusado de dois crimes de detenção de arma proibida, incorrendo na pena acessória de interdição de detenção, uso e porte de armas.
A greve dos guardas prisionais a diligências, como o transporte de reclusos em situações não urgentes, começou no dia 1 e prolonga-se até dia 18.