A requalificação da encosta norte do Castelo de Porto de Mós, um investimento de cerca de 270 mil euros, vai ser inaugurada na segunda-feira, dia 26 de setembro.
Segundo o presidente do município, Jorge Vala, a requalificação “consiste, em primeiro lugar, na reabilitação da antiga fonte do Castelo, uma fonte mítica e que estava abandonada, completamente coberta de silvas, grafitada”.
Seguiu-se a criação de “acessos para se poder ir à fonte”, afirmou, explicando que, “no primeiro momento, a Direção Regional da Cultura [do Centro] autorizou, a partir da parte poente do Castelo”, a construção de um parque de estacionamento para autocarros e viaturas ligeiras, “e um acesso pedonal através de um passadiço em madeira com uma escada”.
“O nosso objetivo é o de que as pessoas estacionem ali e visitem a fonte do Castelo, que é um espaço muito agradável, sombreado por carvalhos”, adiantou Jorge Vala.
Já numa segunda fase, a mesma direção regional “autorizou a ligação desse passadiço à entrada do Castelo”, precisou o autarca, que esclareceu que as pessoas podem agora visitar a fonte do Castelo e ir depois ao monumento ou começar a visita no monumento e descer depois pela fonte.
“Este circuito ficou agora concluído”, disse o autarca, referindo que estão criadas as condições para “as pessoas poderem fruir aquele espaço”.
Jorge Vala declarou que não estão contempladas mais intervenções na encosta, com exceção dos trabalhos de manutenção, mas a autarquia tem previsto trabalhos para a zona envolvente do Castelo “e no âmbito da área de reabilitação urbana que está em curso, mas em termos de reabilitação urbana” e não do ponto de vista monumental.
O investimento foi suportado pelo erário municipal.
De acordo com o sítio na internet da Câmara de Porto de Mós, o Castelo, “com a planta atual, resulta da construção atribuída a D. Sancho I, em 1200”.
“Ao longo dos séculos, o Castelo acumulou influências militares, góticas e renascentistas”, refere a mesma fonte, assinalando que, na véspera da Batalha de Aljubarrota, em 1385, o Castelo cumpriu a sua última missão militar.
Foi aqui e na vila que “se aquartela o exército português”.
“Na sequência da batalha, D. João I doa o condado de Porto de Mós a D. Nuno Alvares Pereira que, anos mais tarde, o lega ao seu neto D. Afonso, IV Conde de Ourém”, adianta.
O abandono e terramotos, como o de 1755, provocaram a ruína do Castelo, mas “a classificação de 1910 como Monumento Nacional e as campanhas de reconstrução e restauro de 1936 a 1960” fizeram com que ressurgisse.
“Nos anos 90 do século XX, nova intervenção conferiu-lhe melhores condições de acolhimento” e, “recentemente, o monumento foi dotado de maior acessibilidade”, acrescenta aquela autarquia do distrito de Leiria.