As figuras fogem da pintura, transformam-se em escultura e ocupam o espaço do museu na obra que valeu a Adriana Proganó o Prémio EDP Novos Artistas 2022. “Little Brats” (“Crianças malcomportadas”, em português) foi a obra preferida do júri, que premiou a artista natural de Lucerna, na Suíça, atualmente a viver e trabalhar em Lisboa, formada em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha.
Com obras integradas nas coleções de Arte Contemporânea do Estado, do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), do Museu de Arte Contemporânea de Elvas – Coleção, e Norlinda e José Lima, de S. João da Madeira, Proganó foi escolhida entre as 700 candidaturas apresentadas à 14ª edição do Prémio EDP Novos Artistas. O júri destacou a ousadia da proposta, “algo inédito dentro da sua própria trajetória”. “Little Brats” destacou-se pela combinação de “ironia e humor à critica institucional”, revelando “um olhar renovado da prática da pintura”.
Adriana Proganó, de 30 anos, ambicionava este prémio há muito mas, apesar da satisfação pela escolha, lamentou a situação dos artistas visuais em Portugal. “Faltam apoios, espaços de exposição, falta um bocado de tudo”, disse, citada pela agência Lusa. “É preciso motivação para [os artistas visuais] poderem continuar a trabalhar, ou desmotivam-se e acabam por se perder ou fazer outras coisas”, lamento. O trabalho premiado está em exposição até 6 de fevereiro de 2023 no MAAT, em Lisboa.