Na sequência da retirada de confiança política pela concelhia do PSD, Álvaro Madureira disse hoje à agência Lusa estar a ser alvo de “perseguição” e de “bullying”, salientando que “em política não vale tudo”.
“Estou muito preocupado com esta atitude de perseguição e estou magoado. Esta comissão política foi eleita por um voto. Em oito meses reuniu apenas duas vezes com os militantes: em maio e em outubro, e põe o ónus nos vereadores, que foram eleitos pela população”, afirmou.
O vereador discorda da acusação de que não disponibiliza informação da Câmara à concelhia e garante que leva ao executivo municipal os assuntos solicitados, exemplificando, com o pedido de não pagamento de água nas localidades onde ocorreram os incêndios deste verão. “Está escrito em ata”, sublinhou.
Segundo Álvaro Madureira, “estas atitudes estão a dividir o PSD” e, assim, “dificilmente o PSD vai ganhar alguma eleição”.
“Ao contrário do excelente trabalho do nosso presidente, Luís Montenegro, não ouvem os militantes. Estão fechados e ninguém sabe o que querem para o concelho de Leiria”, acrescentou.
Álvaro Madureira prometeu que irá continuar a desenvolver o trabalho que consta no programa que o elegeu, como vereador, e que “não foi ao arrepio da concelhia”.
No executivo da Câmara de Leiria, além de Álvaro Madureira, o PSD elegeu ainda os vereadores Daniel Marques e Branca Matos. Nas últimas eleições autárquicas, o PS venceu a capital de distrito com oito mandatos.