O Município de Castanheira de Pera vai lançar, no início do próximo ano, a primeira edição do orçamento participativo, nas tipologias geral e jovem, disse à agência Lusa o presidente da autarquia.
“O orçamento participativo é uma ferramenta democrática muito importante, porque envolve os nossos munícipes naquilo que é um projeto para o nosso território”, afirmou António Henriques.
Segundo o autarca, o regulamento contempla que as propostas sejam apresentadas por munícipes que não detenham cargos políticos e que “os projetos não colidam com manifestos eleitorais”.
“É mesmo para envolver a nossa sociedade em projetos diferentes naquilo que é o desenvolvimento do nosso território”, adiantou.
Questionado sobre a criação do orçamento participativo para jovens, António Henriques referiu que estes, “cada vez mais, têm de ter uma palavra muito importante” na comunidade.
“Se os queremos envolver no nosso projeto, se queremos dar alguma credibilidade aos nossos projetos, há que envolver os jovens neste tipo de ações”, realçou.
O regulamento do orçamento participativo está em consulta pública, devendo ser ponto da ordem de trabalhos da última reunião do ano da Assembleia Municipal, no mês de dezembro, e “estará pronto para iniciar logo no início do próximo ano”, referiu.
O orçamento participativo na modalidade geral vai ter uma verba de 25 mil euros, enquanto no orçamento jovem o valor é de 15 mil euros.
António Henriques (PS) explicou que a iniciativa integra o seu manifesto eleitoral com o qual foi eleito em setembro de 2021.
O autarca acrescentou que os dois projetos vencedores têm um prazo de execução máximo de 12 meses.
Aos munícipes, o presidente da Câmara pede para “olharem para estes projetos como uma oportunidade de fazerem parte do desenvolvimento de Castanheira de Pera” e, ao participarem, que “o façam de forma construtiva, tendo em consideração uma estratégia que passa pelo envolvimento de toda a comunidade”.
“Espero que percebam que este é um projeto para que as pessoas se sintam cada vez mais integradas num projeto que acaba por ser político, mas que é do território, que é do concelho”, acrescentou.