“Liderança em tempos de caos” foi o tema que presidiu ao jantar-conferência anual, promovido na noite desta sexta-feira, pelo REGIÃO DE LEIRIA.
Para além das reflexões sobre a liderança que marca a diferença, reduzindo o impacto do caos e construindo um ambiente de segurança, a cargo de Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária, Helena Ferro de Gouveia, administradora da Lusa e do Global Media Group, e Carlos Barranha, diretor técnico da Vidrala, a noite foi igualmente marcada por várias distinções.
No evento que decorreu no FF Challenge Building, no Barracão, foram premiadas várias lideranças da região.
É o caso de Armando Lopes, galardoado com o prémio Diáspora. Empresário natural de Ourém emigrou para França onde experimentou diferentes experiências profissionais.
“Foi presidente dos Lusitanos de Saint Maur-des-Fossés, assumiu a direção-geral da Rádio Alfa orientada para a valorização da identidade portuguesa, ao mesmo tempo que os seus negócios prosperavam. A SDVM, empresa de extração de areias e movimentação de terras, que criou, intervinha em obras de grande dimensão e relevo como o Louvre, a Bastille, o hipódromo de Vincennes, os acessos à Eurodisney.
Recebeu da mão do Presidente da República Mário Soares uma comenda pelo exemplo profissional e de cidadão representante da comunidade portuguesa em França. Já o Presidente da República francês Jacques Chirac outorgou-lhe o grau de cavaleiro da Legião de Honra. Tem o seu nome inscrito em Créteil, mas também em Leiria. Foi o grande dinamizador da geminação desta cidade com Saint Maur-des-Fossés e promotor de grandes investimentos em Leiria, nomeadamente o Edifício 2000, o Edifício Moagem Heritage e o Parque Europa”, lembrou Patrícia Duarte, diretora adjunta do REGIÃO DE LEIRIA.
Os galardoados no jantar-conferência (clique na imagem para ampliar) Fotos: Joaquim Dâmaso
O troféu foi recebido por Alexandre Lopes, neto do distinguido, e foi entregue por Francisco Santos, diretor do jornal.
Já o grupo empresarial Socem, foi distinguido com o prémio Sustentabilidade Ambiental.
“É um dos grupos empresariais de maior relevo da região. Opera há 36 anos e, atualmente, dispõe de unidades de produção em Portugal, no Brasil e no México, um volume de negócios de 55 milhões de euros e mais de 600 colaboradores”, adiantou Patrícia Duarte que lembrou que a distinção se reporta à “elevada consciência ambiental” do grupo.
“A energia consumida pelas unidades do grupo em Portugal é 100% proveniente de fontes amigas do ambiente, sendo que 59% da energia é produzida pelo próprio grupo, através de 1987 unidades de painéis fotovoltaicos que abrangem uma área coberta de 4.578,5 metros quadrados. Com o projeto “Socem Living Greener” o grupo poupa o planeta de 1592 Toneladas de CO2 por ano”, adiantou Patrícia Duarte.
Nuno Mangas, presidente do Compete 2020 entregou o troféu a Luís Febra, administrador do Grupo Socém.
Outra das distinções da noite foi direcionada à empresa PRF, que recebeu o prémio Inovação. Sediada no concelho de Leiria, atualmente a empresa “está na vanguarda da tecnologia, engenharia, construção, operação e manutenção de tudo o que são equipamentos e infraestruturas para o sector dos gases combustíveis”.
A empresa “tem vindo paulatinamente a desenvolver projetos, quer seja para as diversas formas de mobilidade em substituição de outros combustíveis mais poluentes, quer seja para a injeção e mistura nas redes de distribuição de gás natural até às diversas formas de produção de energia elétrica”, explicou Patrícia Duarte. Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal de Leiria, entregou o troféu a Paulo Ferreira, administrador da PRF.
O prémio Futuro foi atribuído à Startup Leiria, entidade criada em 2004 e que conta hoje com 34 associados, maioritariamente empresas.
“Com 18 anos de atividade, habitam atualmente o ecossistema da Startup Leiria 108 empresas, 20 das quais de empreendedores estrangeiros. Desde o início já foram apoiadas cerca de 500 startups, algumas hoje empresas bem conhecidas como a Sound Particles, a Lovys ou a Reatia, e gerados mais de mil postos de trabalho”, referiu a direção do REGIÃO DE LEIRIA.
O presidente do Politécnico de Leiria, Carlos Rabadão entregou o troféu a Vítor Ferreira, diretor-geral da Startup Leiria.
A penúltima distinção da noite foi dirigida à Bollinghaus Steel, empresa fundada em 1889. Foi-lhe atribuído o prémio exportação, entregue pelo presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira a Jorge Correia, diretor-geral da Bollinghaus Steel.
Há mais de 130 anos que a empresa “à produção de aço, fabricando perfis de aço inoxidável laminados a quente e estirados a frio; perfis de alta qualidade; e perfis especiais para clientes em todo o mundo”.
Instalada em Portugal, mais concretamente na Vieira de Leiria, desde 1996, em abril deste ano a Böllinghaus Steel “anunciou que vai investir nos próximos seis anos 32 milhões de euros”.
“Com 275 trabalhadores e um volume de negócios de 90 milhões de euros em 2021, a Bollinghaus Steel é uma das maiores exportadoras da região, com mais de 97% da sua faturação a ser proveniente de vendas ao estrangeiro”, sublinhou Patrícia Duarte.
Foi dirigida ao empresário Fernando Roda, a última distinção da noite, a quem foi atribuído o prémio Carreira.
Fernando Roda Rodrigues Pereira nasceu em Santa Eufémia, concelho de Leiria, no dia 3 de novembro de 1943. Aos 13 anos começou a vender tecidos a metro, nos armazéns de tecidos e decorações do tio, o dono dos famosos Armazéns Roda.
Começava aí um percurso de sucesso. Especialmente na área da saúde, tendo-se notabilizado com a criação de clínicas de fisioterapia na região.
No final da década de 80 do século passado, em 1989, fundou o Centro Hospitalar de S. Francisco.
“A par dos investimentos na saúde, investiu na restauração e no ramo das viagens. Recentemente apostou na exploração de parques de estacionamento e mantém uma atividade intensa no imobiliário”, lembrou Patrícia Duarte.
Ausente em viagem, o empresário foi distinguido com um troféu entregue à sua filha, Cristiana Roda, por António Poças, presidente da NERLEI.
O troféu, que distinguiu os premiados, resulta de uma produção artística original que se associa ao Ano Internacional do Vidro celebrado no ano em curso, por deliberação da ONU, Organização das Nações Unidas.
A produção do troféu foi liderada pela Crisal, da Marinha Grande, a única empresa de vidro de mesa automático em Portugal.