O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou hoje para laranja o aviso em vigor para os distritos de Leiria, Setúbal, Santarém e Lisboa devido à previsão de chuva forte a partir da meia-noite.
O aviso laranja estará em vigor até às 3 horas de domingo.
Já o aviso amarelo anteriormente emitido vigora a partir das 21 horas de hoje até às 24 horas, e, posteriormente, entre as 3 e as horas de domingo.
Além da chuva, a previsão de vento forte, com rajadas até 80km/hora, entre as 00 horas e as 6 horas de domingo, colocou também o distrito sob aviso amarelo.
Face ao agravamento das condições meteorológicas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) decretou hoje o estado de alerta especial de nível amarelo para todo dispositivo do continente, o segundo mais grave de uma escala de quatro.
O comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, alertou, numa conferência de imprensa realizada esta manhã em Carnaxide (Oeiras), para a precipitação “pontualmente intensa” esperada em algumas zonas do país a partir da madrugada de hoje, que vai ter impacto nas bacias hidrográficas dos rios Vez, Cávado, Tejo, Zêzere, em particular no afluente do rio Nabão, “que podem entrar em cheia”.
“Face a esta situação foi também decretado o estado de alerta especial de nível amarelo até às 23:59 de segunda-feira. E acima de tudo, o aviso à população para se manterem atentos aos comunicados do IPMA e da ANEPC”, disse o comandante, alertando que as zonas que inundaram devido à chuva de quarta-feira poderão voltar a ser afetadas.
Em suma, a ANEPC alerta para a ocorrência de inundações em zonas urbanas, ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras, possibilidade de deslizamentos de terras, arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, que podem causar acidentes, piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.
Entre as recomendações, a Proteção Civil pede que se tenha especial cuidado “na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais”, e junto de áreas arborizadas, tendo em conta o risco de queda de ramos de árvores por causa de vento mais forte.
Pede ainda que se garanta a “desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas”.
A ANEPC recomenda ainda aos cidadãos que adotem “uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de águas nas vias”, e que não atravessem zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou tampas de esgoto abertas.
Evitar atividades relacionadas com o mar, seja pesca desportiva ou desportos náuticos, passeios à beira-mar, e estacionar veículos muito próximo da orla marítima são outras recomendações.