Os concursos da Direção-Geral das Artes (DGArtes) continuam a dar que falar. Depois do Orfeão de Leiria e da Biblioteca de Valado dos Frades, “O Nariz” – Teatro de Grupo está também contra a decisão do Ministério da Cultura de “congelar” o orçamento disponível para o Programa de Apoio Sustentado às Artes. A decisão deixou várias estruturas sem financiamento do Estado, mesmo as consideradas elegíveis.
É o caso de “Velhas memórias, novas histórias”, programa onde “O Nariz” englobava os festivais de Contadores de Histórias, CriaJazz e Acaso. “Somos uma das várias estruturas que ficaram elegíveis mas fora dos apoios. E, já sabemos: o ministro [da Cultura, Pedro Adão e Silva], não volta atrás, decidiu não apoiar”, lamenta o presidente do grupo de teatro.
Pedro Oliveira lembra, além d’O Nariz”, a situação de entidades históricas, como “A Barraca” ou Seiva Trupe, também sem financiamento, e ainda “estruturas mais jovens, com trabalho meritório por todo o país, como o Imaginar do Gigante, de Esmoriz, ou Jardins Efémeros, de Viseu, e que o júri deixou de fora”.
“Depois de dois anos de pandemia, de um desconfinamento que só aconteceu este ano” e “da guerra que entretanto chegou e deixou tudo cheio de medo”, o ministro “decidiu voltar tudo atrás, como antes da pandemia”. “Como é que o senhor ministro Pedro Adão e ‘Eva’ faz esta patifaria a esta gente toda? Como é que não há dotação financeira? Não são milhões que estão em causa, são resquícios de orçamento”.
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