O papa emérito Bento XVI morreu hoje aos 95 anos, anunciou o Vaticano. Joseph Ratzinger nasceu em 1927 e foi Papa entre 2005 e 2013, quando abdicou e passou a ser emérito da diocese de Roma.
O estado de saúde de Bento XVI tinha vindo a degradar-se nos últimos tempos e a morte do religioso foi conhecida esta manhã.
Recorde-se que enquanto chefe da Igreja Católica, Bento XVI visitou Portugal em 2010, tendo estado em Fátima a 13 de maio.
Em maio de 2010, em Fátima, o papa Bento XVI sublinhou o papel reservado a Fátima na salvação da humanidade, afirmando que “iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída”.
“Aqui revive aquele desígnio de Deus que interpela a humanidade desde os seus primórdios”, disse o pontífice, avisando que “o homem pôde despoletar um ciclo de morte e terror, mas não consegue interrompê-lo”.
Na homilia da eucaristia a que presidiu no Santuário de Fátima, perante milhares de peregrinos, Bento XVI disse que “na Sagrada Escritura, é frequente aparecer Deus à procura de justos para salvar a cidade humana e o mesmo faz aqui, em Fátima”.
Há muito que Bento XVI se encontrava ligado à Mensagem de Fátima, em particular, à interpretação do Segredo, cuja terceira parte foi divulgada em 2000, com um comentário teológico do então cardeal Joseph Ratzinger.
A terceira parte do segredo fala de um “Bispo vestido de branco” que caminha no meio de ruínas e cadáveres, imagem associada ao atentado sofrido por João Paulo II a 13 de maio de 1981.
Em 2010, Bento XVI disse aos jornalistas que “nesta visão do sofrimento do Papa é possível ver, em primeira instância, o Papa João Paulo II”, mas também estão indicadas “realidades do futuro da Igreja” que se “desenvolvem e se mostram”.
“O importante é que a mensagem, a resposta de Fátima, não vai substancialmente na direção de devoções particulares, mas precisamente na resposta fundamental, ou seja, a conversão permanente, a penitência, a oração, e as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade”, sustentou.
Fátima não era, aliás, um local desconhecido de Ratzinger, bastando levar em conta que já enquanto cardeal, Joseph Ratzinger, presidiu à peregrinação aniversária de outubro em 1996.
Com agências