O aspecto do X-raid YXZ1000R Turbo Prototype, da equipa alemã X-Raid Yamaha supported Team, que os pilotos leirienses João Ferreira e Ricardo Porém vão conduzir no rali Dakar 2023 foi ontem, sexta-feira, apresentado, com toda a pompa e circunstância em Leiria.
A “partida simbólica” aconteceu na fonte luminosa, perante dezenas de pessoas, que não quiseram perder a oportunidade de estar em contacto com os pilotos, naquela que será a “aventura de uma vida”.
Ricardo Porém participa pela quarta vez e este ano fará dupla com o navegador argentino Augusto Sanz. Em Leiria não escondeu a vontade de lutar por um bom resultado, perante amigos e apoiantes: “É sempre bom sentir este apoio na nossa cidade de Leiria. Isto é um boost extra de energia para uma prova que esperamos que corra muito bem. A X-Raid fez um trabalho fantástico no desenvolvimento deste Yamaha. Claro que todos os pilotos sonham com vencer e não vou ser exceção à regra, mas terminar no top5 seria um excelente resultado e é por esse objetivo que vou lutar”, disse, citado em comunicado de imprensa.
E este ano as atenções dos amantes do Dakar em Portugal dividem-se também pela prestação de João Ferreira, de 23 anos, e com os títulos de campeão nacional e da Europa de todo-o-terreno conquistados esta temporada. João Ferreira será um rookie no Dakar e espera “, irá enfrentar pela primeira a vez esta prova com muita vontade de “continuar a aprender e a disfrutar da maior aventura” da modalidade.
“A sensação de embarcar numa aventura como Dakar é surreal. Lembro-me de em criança assistir ao Dakar na TV e agora ter a oportunidade de participar é indiscritível. No que toca a objetivos, claro que quero continuar a evoluir e como prémio gostava mesmo de estar no pódio final a receber a medalha de participação e conclusão do meu primeiro Dakar”, referiu durante a apresentação.
A edição de 2023 do rali mais duro do mundo, 45ª edição, é organizada pela Amaury Sport Organization (ASO) e tem início no dia 31 de dezembro.
Os pilotos leirienses partem dia 27 para a Arábia Saudita e enfrentarão mais de duas semanas de competição, algo que já não acontece na prova desde 2012, ainda na América do Sul, com 15 dias de competição (um prólogo e 14 etapas). As etapas vão ser mais longas, várias delas a ultrapassar os 450 km de extensão, num total de cerca de cinco mil quilómetros cronometrados.