Levar uma comida tradicional do seu país foi o desafio lançado pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) aos estudantes internacionais que, na tarde de hoje, terça-feira, participaram num convívio de Natal.
Apesar da maioria do espaço da mesa estar preenchido com receitas portuguesas, disponibilizadas pelo IPLeiria, ainda se contava uma mão cheia de iguarias estrangeiras – caso de uns pastéis de arroz chineses e uns salgados da indonésia.
E é com mesa cheia, banda sonora natalícia, gorros e bandoletes com motivos de Natal que dezenas de estudantes internacionais, de diferentes nacionalidades, conviveram e partilharam experiências na cantina da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais.
Melanie, Martim e Aleksey são do Equador e há um ano que “aterraram” em Portugal para estudar, respetivamente, Fisioterapia, Contabilidade e Finanças e Engenharia Civil no Politécnico de Leiria.
Este ano, o Natal que habitualmente seria em família, com peru na mesa e um jogo do amigo secreto, será longe de casa, mas os estudantes têm a festa bem planeada.
“Nós vamos reunir-nos com o nosso grupo, com quem estamos a viver, e vamos festejar da mesma forma, vamos fazer um amigo secreto e a comida vai ser igual”, desvenda Aleksey, 19 anos.
“Será um pequeno jantar” completa Melanie, 20 anos, marcado para o dia 24.
Os três jovens confessam que sentem falta da família e têm saudades – palavra cujo significado compreenderam no último ano.
No entanto, o balanço da experiência é positivo. Martim, de 23 anos, afirma que “a independência é boa e poder aprender e experimentar coisas novas”.
Também Rilal, da Indonésia, tem vivido novas experiências por cá, até no que diz respeito ao Natal.
“Eu sou de uma família muçulmana e por isso o Natal não é realmente celebrado”, começou por explicar, sublinhando que em Leiria a festa é “muito boa”.
Este ano, o estudante de 30 anos vai abraçar o espírito natalício em Portugal e conta ir até Lisboa com os amigos e “ver algumas das atrações”. Nos planos tentará incluir a prova de bacalhau.
Rilal integra o programa Erasmus e é um de seis jovens naturais da Indonésia que estão a estudar em Peniche. Licenciou-se em Turismo e Gestão Desportiva, na Polónia, e Peniche pareceu-lhe “uma opção muito boa” para dar continuidade ao seu mestrado.
“Eu gosto de estar aqui, as pessoas são boas, a temperatura não é muito fria se compararmos com outros países europeus, aqui o tempo é bom para mim”, concluiu.
O convívio organizado pelo Politécnico de Leiria prosseguiu com atuações musicais, ao vivo.