Os protestos dos professores e funcionários encerraram esta manhã, de sexta-feira, a Escola Básica José Saraiva, na Cruz da Areia, Leiria.
É a segunda vez, esta semana, que os docentes se manifestam neste estabelecimento de ensino. Na terça-feira, no primeiro dia de aulas do segundo período, vários professores ergueram cartazes em defesa da escola pública e da valorização da profissão e reivindicando melhores condições de trabalho, mas a escola não encerrou. Na quarta-feira foi a vez dos funcionários.
Hoje, o protesto, que juntou todos os profissionais da escola pública, levou mesmo ao encerramento do estabelecimento de ensino, com dezenas de alunos a ficar sem aulas e muitos pais a ter que procurar alternativas para deixar os filhos.
Célia Catulo, uma das docentes que integra o protesto, justifica que “foram cumpridos os objetivos”. “Professores e funcionários, estamos todos juntos, porque isso se justifica, reivindicando melhores condições de trabalho na escola pública”, diz ao REGIÃO DE LEIRIA. As dificuldades de progressão na carreira, o excesso de trabalho, a falta de profissionais docentes e não docentes, o trabalho precário e os baixos vencimentos dos funcionários são alguns dos motivos que estão na origem destes protestos.
O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P.) iniciou uma greve nacional a 9 de dezembro por tempo indeterminado e entregou pré-avisos de greve até ao final do mês de janeiro, pelo que, explica a docente, “é possível que na próxima semana ou na outra, os protestos se repitam”. “Vamos continuar a fazer-nos ouvir”, refere.
“A luta irá terminar quando todos os profissionais de educação o decidirem. Acabará de imediato quando o ministro da Educação se sentar à mesa com os profissionais da educação, quando vejamos o trabalho a ser feito e com mudanças [que reinvidicamos]”, acrescenta.
O REGIÃO DE LEIRIA procurou obter mais informações junto do Agrupamento de Escolas Domingos Sequeira, sem sucesso até ao momento, sendo esta uma das escolas na região de Leiria onde alguns docentes e funcionários se manifestaram ao início da manhã, sem o encerramento da escola, tal como na Marinha Grande.