Nem a chuva forte demoveu dezenas de profissionais da educação de se juntarem, em Leiria, à manifestação de protesto marcada para todas as capitais de distrito do continente.
Frente à Câmara Municipal de Leiria, algumas dezenas responderam ao apelo do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P.) para o protesto agendado para a tarde de 7 de janeiro.
“Para defender uma Escola Pública de qualidade para todos que lá trabalham (e estudam) JUNTOS SEREMOS + FORTES!” foi o mote da manifestação deste sábado.
Recorde-se que o S.T.O.P iniciou uma greve nacional a 9 de dezembro, por tempo indeterminado, e entregou pré-avisos de greve até ao final do mês de janeiro. Também o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) em curso uma greve parcial, que se vai manter até dia 8 de fevereiro.
Os professores rejeitam a intervenção dos municípios no processo de recrutamento para as escolas, a extinção do quadro de escola, a ausência de contagem de tempo de serviço que esteve congelado, as quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões e a penalização na aposentação após 36 anos de serviço.
Reivindicam ainda aumentos remuneratórios, de forma a compensar a perda do poder de compra verificada desde 2009, e a vinculação dinâmica dos professores contratados.
As exigências vêm também dos técnicos superiores e contratados que trabalham no Ministério da Educação (psicólogos, assistentes sociais, terapeutas da fala, intérpretes da língua gestual portuguesa, entre outros), sendo que as principais compreendem o fim da precariedade que afeta todos os contratados a cada 31 de agosto, a consolidação da mobilidade geográfica, abertura de vagas no mapa de pessoal, criação de carreira especial e a não inclusão no processo de municipalização.
O S.T.O.P. convocou para o próximo sábado, dia 14, uma marcha pela educação em Lisboa, apelando à presença de professores, alunos e pais e todos os membros do universo educativo.
(Acrescentada no dia 8 de janeiro a lista de principais reivindicações dos técnicos superiores e contratados que trabalham no Ministério da Educação)