Os utentes a partir dos 18 anos de idade já podem proceder ao agendamento online da vacina sazonal contra a Covid-19.
“O autoagendamento arrancou para maiores de 45 anos no dia 19 de janeiro e desce agora para a faixa etária dos 18 anos, dando-se assim possibilidade a mais pessoas de poderem escolher o dia e o local mais conveniente para a toma da vacina”, refere em comunicado o Ministério da Saúde.
Para efetuar a marcação, basta aceder ao portal SNS 24 e responder a três questões relativas ao seu esquema vacinal, data de administração da última vacina e eventual diagnóstico de infeção nos últimos 90 dias.
Cumprindo os critérios de elegibilidade, o utente pode escolher o local e data que lhe for mais conveniente, após o que receberá uma mensagem (SMS), enviada do número 2424, com a indicação da data, hora e local de vacinação, à qual deverá responder para confirmar o agendamento.
A dose de reforço (primeira ou segunda) está disponível para os cidadãos a partir dos 18 anos de idade, que tenham completado o esquema vacinal primário contra a Covid-19 e não tenham sido infetados pelo SARS-CoV-2 nos últimos três meses.
Esta nova fase de vacinação acontece precisamente dois anos depois do envio das primeiras mensagens para convocar os utentes para a vacina contra a Covid-19.
Segundo informação da tutela, nestes dois anos foram enviadas mais de 78 milhões de SMS, exclusivamente de agendamento, para os utentes elegíveis para vacinação.
“Além do agendamento, outras mensagens relacionadas com o processo de vacinação contra a Covid-19 foram enviadas ao longo destes últimos dois anos, traduzindo-se em cerca de 111 milhões de SMS”, refere ainda o MS.
OMS mantém nível máximo de alerta
Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu manter o nível máximo de alerta para a pandemia de Covid-19, depois de uma reunião do Comité de Emergência dos Regulamentos Internacionais de Saúde.
Embora o comité tenha reconhecido que a pandemia pode estar a aproximar-se de um ponto de viragem, decidiu que “não há dúvida” de que o coronavírus SARS-CoV-2 continuará a ser um agente patogénico permanentemente estabelecido em seres humanos e animais para o futuro e, por conseguinte, é criticamente necessária uma ação de saúde pública a longo prazo, anunciou a OMS em comunicado divulgado na segunda-feira.
“Embora a eliminação deste vírus dos reservatórios humanos e animais seja altamente improvável, a mitigação do seu impacto devastador na morbilidade e mortalidade é viável e deve continuar a ser um objetivo prioritário”, salienta a OMS, citada pela agência Lusa.
Infeções por SARS-Cov-2 com “tendência estável”
Segundo o último relatório da evolução das infeções respiratórias em Portugal, divulgado na quinta-feira da passada semana, a cobertura vacinal contra a gripe rondava os 74% para as pessoas com 65 ou mais anos.
Na terceira semana de janeiro, a atividade gripal registou uma tendência decrescente, enquanto a notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 mantinha “uma tendência estável”, com dominância da variante Ómicron BA.5 e diminuição da prevalência da sub-linhagem BQ.1.
O balanço divulgado pela Direção-Geral da Saúde aponta ainda para “uma redução das proporções de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal e por infeções respiratórias”, sendo que os episódios reportados “corresponderam sobretudo a adultos”.
Diminuíram ainda o número de internamentos em camas dedicadas a Covid-19 em unidades de cuidado intensivos, e de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos de idade.