Os trabalhadores da empresa Gallo Vidro, na Marinha Grande, vão receber este ano aumentos mensais entre 110 e 112 euros, anunciou a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom).
A federação refere em comunicado, datado de segunda-feira, dia 6, que os trabalhadores da empresa do grupo Vidrala “conquistaram os aumentos na tabela salarial, acrescidos da atualização do subsidio de refeição e dos restantes subsídios pecuniários”.
“Para além disso, também foram atualizados os direitos de maternidade e de paternidade no acordo de empresa”, adianta.
Para a Feviccom, “este é o resultado da intervenção sindical suportada pela unidade e determinação dos trabalhadores em torno do seu sindicato (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira – STIV) pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho”.
“É mais uma prova de que é possível melhorar o poder de compra dos salários daqueles que são os responsáveis pelo aumento da produção e a criação de riqueza das empresas e do país”, lê-se no comunicado.
Esta é a terceira empresa do sector do vidro de embalagem que “negociou e acordou” com a Feviccom as revisões dos acordos de empresa com aumentos superiores aos 100 euros nas tabelas salariais para 2023. A outras foram a Verallia Portugal (grupos Apollo Global Management LLC e Bpifrance, na Figueira da Foz) e a Santos Barosa (SB Vidros), do grupo Vidrala.
A Gallo Vidro, que se dedica ao vidro de embalagem, foi fundada por Ricardo Gallo em 1899 e adquirida pela Vidrala em 2004. É uma das seis fábricas do grupo instaladas em quatro países europeus empregando 290 das suas 1.800 pessoas.
Tem um volume de vendas de 60 milhões de Euros, exportando 75 a 80 % da produção, para França e Espanha. Os seus principais clientes são grandes companhias de nível mundial na área das cervejas, “soft drinks” e vinhos.