Centenas de pessoas participaram, esta manhã, numa caminhada de cerca de 8 km, na zona da Barosa, no concelho de Leiria, como forma de protesto contra o pedido de prospeção e exploração de inertes naquela freguesia.
Ao longo do percurso, elementos da organização da iniciativa foram explicando os limites da exploração e onde está previsto o ponto de extração. O percurso terminou num areeiro, em zona de segurança, para mostrar a quem quiser o que pode estar em causa.
Além dos moradores, a caminhada contou com as participações do presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, do presidente da União das Freguesias de Marrazes e Barosa, Paulo Clemente, e do presidente da Junta de Freguesia de Amor, Adriano Neto, bem como de vários vereadores do executivo da Câmara de Leiria. Nas intervenções, os autarcas foram unânimes na oposição à prospeção e exploração, deixando uma mensagem de apoio às pretensões da população que pode contar com o apoio das instituições que lideram nesta causa.
O pedido de prospeção e exploração de inertes esteve em consulta pública até dia 24 e, na última semana, dezenas de cidadãos manifestaram-se contra o avanço do processo. Também as Juntas de Freguesia de Marrazes e Barosa e de Amor, tal como a Câmara de Leiria se manifestaram contra o pedido. Em simultâneo decorreu um abaixo assinado que foi subscrito por mais de 4.000 pessoas.
A exploração prevê abranger uma zona de 76,06 hectares, entre Cabeças Redondas (Barosa) e Casalito (Amor).
Ainda na sexta-feira, dia 24, a empresa responsável pelo pedido, Sorgila, anunciou que irá suspender o pedido de prospeção por 90 dias, com o objetivo de reavaliar, juntamente com as autarquias e a Direção Geral de Energia e Geologia, o processo.