A indústria portuguesa de moldes metálicos cresceu as exportações em 2,6% no ano passado em relação ao período homólogo anterior, recuperando de uma tendência de descida que se mantinha há quatro anos, embora o resultado signifique ainda uma perda de 20,6% em relação ao valor alcançado em 2018.
Os dados do último quinquénio, que o REGIÃO DE LEIRIA apurou junto do Instituto Nacional de Estatística (INE) à margem do 11º Congresso da Indústria de Moldes, que decorre até sábado, dia 18, em Oliveira de Azeméis, indicam que o distrito de Leiria continua a liderar o sector no ano passado, com 210,6 milhões de euros de exportações.
O distrito de Aveiro, sobretudo por ação do polo de Oliveira de Azeméis, está em segundo lugar, com 152,5 milhões de euros de vendas de moldes metálicos (Código de Atividades Económicas 25734); seguindo-se os distritos de Lisboa e Braga, com menos de 20 milhões de euros cada um. Nos restantes distritos, as exportações são muito inferiores a 10 milhões.
No total, o país exportou 411,2 milhões de euros em moldes em 2022, o que compara com os 400,1 milhões alcançados no ano anterior e os 518 milhões registados em 2018.
A evolução apresentada pelas estatísticas do INE é diferente dos resultados divulgados pela Associação Nacional da Indústria de Moldes (Cefamol), na medida em que as atividades consideradas nas análises são diferentes. No entanto, as tendências são semelhantes.
Quanto à tabela dos concelhos, Oliveira de Azeméis é o maior exportador da indústria de moldes, com 126,3 milhões de euros no ano passado, à frente da Marinha Grande, com 113,9 milhões, e de Leiria, com 62,2 milhões de euros de vendas no exterior. No lugar seguinte aparece Alcobaça, com vendas no exterior equivalentes a 28,4 milhões de euros.
Curiosamente, Lisboa aparece no “Top 5”, com vendas no estrangeiro de 15 milhões de euros, sendo a primeira vez que exporta nos últimos cinco anos, segundo os dados do INE. Todos os restantes 43 concelhos que exportam moldes alcançaram valores entre um e 10 milhões de euros (17 concelhos).
Esta manhã foram debatidas as tendências e futuro da indústria automóvel, bem como requisitos, necessidades e expetativas dos clientes deste sector. O antigo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, fez uma intervenção sobre “Posicionamento num mundo em mudança”.
Esta tarde estão a ser debatidos os requisitos, necessidades e expetativas dos clientes nas áreas da embalagem e dispositivos médicos, e a sustentabilidade financeira e novos modelos de negócio, entre outros temas.