Já no domingo, dia 19, há teatro de intervenção ambiental, “Caldeirada”, a estrear em Góis; mais tarde, pelas dez freguesias de Porto de Mós circulará “Ondas da Liberdade”, antevisão do espetáculo maior que lembra, em 2024 e com camiões do Exército, o papel da rádio no 25 de Abril; entre setembro e outubro desenvolve-se à beira da água, em Ansião, Figueiró dos Vinhos e Leiria, “Estações efémeras”; e ainda se estreia “Manufatura”, com a Rosários 4, em Mira de Aire, a receber o Programa de Residências Artísticas Performativas.
No primeiro dos dois anos em que o Leirena Teatro terá a programação apoiada pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), a companhia mete (muitas) mãos à obra com um plano que envolve um total de 18 projetos a pensar na região mas que também parte país fora, entre residências artísticas, intervenções comunitárias ou digressões. Como a de “Sob a terra”, que continua a circular e que irá até aos Jardins da Fundação de Serralves, no Porto.
A programação foi revelada no final da semana passada, no Moinho do Papel, onde o responsável pelo Leirena, Frédéric da Cruz Pires, assumiu que o apoio da DGArtes significa o “redobrar da responsabilidade”. Na resposta recebeu elogios da vereadora da Cultura do município de Leiria. Anabela Graça considerou esta uma “nova fase muito bem estruturada”, que “leva Leiria fora de portas e acima de tudo inclui”.
Também o diretor-geral das Artes destacou como “muito importante o tipo de trabalho que o Leirena faz a partir de Leiria, estendendo-se a várias comunidades e até ao país”, relacionando-se “com as escolas, com as câmaras, com a comunidade, com equipamentos”.
Américo Rodrigues revelou que há anos acompanha “a evolução e o crescimento do Leirena”, mostrando-se surpreendido pelo “entusiasmo tão genuíno e tão espontâneo” demonstrado por Frédéric na apresentação. “Sinceramente, a mim enche-me o coração”.