Houve quem fizesse questão de ir aos dois concertos, quem se entusiasmasse com a vibração do jazz e até quem se surpreendesse quando o espetáculo tomou contornos mais free. “Fogo, até me assustei!”, desabafou alguém na plateia num solo mais irreverente do trombone de André Ramalhais.
“Sons do bracejo” fez a estreia no fim de semana, com concertos lotados na Casa Varela, em Pombal, e no Salão Paroquial da Ilha. Mais de meio milhar de espectadores assistiram ao abraço que o jazz lançou à tradição do bracejo, numa releitura do cancioneiro típico da Ilha a que André Ramalhais dedicou quase um ano, com ajuda do também músico Evandro Capitão e do grupo “Os Semibreves”.
Abundante na localidade da Ilha, o bracejo, fibra vegetal usada pelas capacheiras para fazer cestos e outras peças artesanais, inspirou esta aventura que o trombonista do Seixo, na Guia, cirou para homenagear a cultura da freguesia vizinha.
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