Mais de centena e meia de pessoas já assinaram a petição “Sim ao parque da cidade de Ourém no Pinhal do Rei”. O documento pretende “impedir a destruição em curso do Pinhal do Rei, atualmente integrado no património da Fundação da Casa de Bragança”. O texto realça que o pinhal, uma área de 124,62 hectares, “tem sido objeto de sucessivos cortes, o primeiro dos quais de cerca de 62,6 hectares (metade da sua área), no ano de 2022”.
Face à confirmação da instalação de uma central fotovoltaica, em 9,5 hectares de terreno, os peticionários entendem que este projecto “compromete a salvaguarda dos valores ambientais do nosso concelho, não beneficia em absolutamente nada o povo de Ourém e colide, frontalmente, com a vocação e função social da mesma Fundação Casa de Bragança”.
O documento “Sim ao parque da cidade de Ourém no Pinhal do Rei” sublinha que a vocação “natural e histórica do Pinhal do Rei” é “ absolutamente compatível com a criação de um parque da cidade de Ourém, digno desse nome e porventura exemplar no país: ecologicamente ambicioso, totalmente preservado e atraente, destinado ao lazer, ao recreio, ao desporto e à investigação florestal e ambiental”.
Os peticionários entendem que ali poderão ser instalados “trilhos, roteiros, ciclovias, espaços de cultura e convívio e os demais equipamentos adequados, incluindo um moderno centro interpretativo”.
Na petição dirigida ao presidente da Câmara Municipal, Luís Albuquerque, e ao presidente da Mesa da Assembleia Municipal, João Moura, e que se encontra online, é defendido que o município deve “promover medidas estratégicas de sustentabilidade, de que a protecção ambiental é o primeiro dos requisitos”. Por isso, os subscritores requerem “a imediata rejeição e reversão municipal daquele projeto fotovoltaico no Pinhal do Rei” e a “urgente reflorestação do Pinhal do Rei, em ordem à preservação do seu singular valor ambiental, histórico-cultural, paisagístico e recreativo”.
Apelam ainda à “criação de condições objetivas para a instalação no Pinhal do Rei de um parque da cidade de Ourém, com a garantia de um ambiente municipal sadio, harmonioso e sustentável, observadas as indispensáveis molduras protocolares aplicáveis e em moldes a definir com a Fundação Casa de Bragança”.