Esta sexta-feira, 21 de abril, há quatro propostas principais no programa do festival Ronda Poética, este ano inspirada no tema “Poesia em tempo de guerra”.
A abertura oficial está agendada para as 17 horas, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, onde logo depois (17h30), acontece a primeira mesa de reflexão, subordinada ao tema “Poesia e a guerra colonial”.
À conversa são chamados os poetas António Tavares, João Melo, José Manuel Mendes e Zetho Cunha Gonçalves, que têm em comum o facto de terem nascido em Angola. Segundo a organização, mais poetas serão evocados nesta conversa, nomeadamente Fernando Assis Pacheco e Manuel Alegre, que viveram diretamente a guerra colonial. A moderação está a cargo de António Carlos Cortez.
Ainda na biblioteca, destaque para o lançamento de “Aprender a usar a baioneta em tempo de guerra”, livro que marca a estreia na poesia do romancista e ensaísta António Tavares. Com edição da Húmus, o livro é apresentado às 19 horas, numa sessão que inclui a inauguração da exposição de ilustrações de Alfredo Luz que constam na obra.
A noite desta sexta-feira é reservada para a programação musical, onde a palavra estará sempre em destaque.
Primeiro há espetáculo com Lisbon Poetry Orchestra, que traz ao Teatro Miguel Franco (21h30, entrada gratuita) o projeto “Os Surrealistas”, que é um disco e um livro-objecto que ganha vida em palco numa proposta carregada de “provocação, deslumbre, subversão e respeito simultâneo”.
Convocados para esta viagem estão os poetas Mário Cesariny, António José Forte, Alexandre O’Neill, Fernando Lemos, António Maria Lisboa, Carlos Eurico da Costa, Mário-Henrique Leiria e Pedro Oom.
Em palco estarão Alexandre Cortez (baixo elétrico e programações), Filipe Valentim (teclados), José Anjos (voz), Luís Bastos (saxofone e clarinete), Mário João Santos (bateria e percussões), Nuno Miguel Guedes (voz), Paula Cortes (voz) e Sérgio Costa (guitarra elétrica).
A fechar este dia de Ronda Poética, o convite é subir até ao m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento (23 horas, entrada livre), onde se apresenta o projeto “Ruído Vário”, em que Ana Deus e Luca Argel se encntram para darem voz e som à escrita de Fernando Pessoa.
O resultado são 15 canções inéditas, escritas, quase todas sobre textos de Pessoa.
A programação integral, com as propostas principais e as que envolvem a comunidade, está disponível em rondapoetica.cm-leiria.pt.
