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Sociedade

Professores e não docentes voltam à rua em Leiria em defesa da profissão e da Escola Pública

Além da paralisação de três dias convocada pelo S.T.O.P. , a greve por distritos promovida por várias organizações sindicais incide esta quinta-feira em Leiria

Foto de Arquivo: Joaquim Dâmaso

Os professores e outros profissionais de educação voltaram esta quarta-feira à greve, em todo o país.

Convocada pelo sindicato S.TO.P. – Sindicato de Todos os Profissionais de Educação, a paralisação, de âmbito nacional, prolonga-se até sexta-feira, sendo garantidos serviços mínimos.

Os docentes e não docentes que aderem ao protesto contestam o novo regime de recrutamento e reclamam equidade entre docentes do continente e das ilhas, a contratação de mais funcionários nas escolas e melhores salários, um modelo de “avaliação justa e sem quotas para todos”.

Já esta quinta-feira, dia 27, a greve por distritos convocada pela FENPROF – Federação Nacional dos Professores e outras oito organizações sindicais chega a Leiria, estando programadas duas concentrações, informa a direção distrital de Leiria do Sindicato dos Professores da Região Centro.

A primeira, às 12 horas, junto à EB2,3 D. Dinis, com a presença do secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, e a segunda, às 15 horas, no largo 5 de Outubro, junto ao antigo Banco de Portugal.

Os docentes contestam as propostas do Ministério da Educação para os concursos e reivindicam a resolução dos “problemas que desvalorizam a profissão”.

Diretores consideram que fraca adesão às greves torna serviços mínimos desnecessários

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) considerou hoje desnecessários os serviços mínimos decretados para as greves nas escolas, relatando que as greves mais prolongadas têm registado uma fraca adesão.

Os professores e funcionários das escolas iniciaram hoje uma greve de três dias, convocada pelo S.T.O.P., apenas uma semana depois de terminada a greve por tempo indeterminado, convocada pelo mesmo sindicato e que já se prolongava desde dezembro.

Apesar da ameaça de incumprimento dos serviços mínimos, novamente decretados na sequência de uma petição pública em defesa de “uma generalizada ação de desobediência”, o presidente da ANDAEP relata que as escolas estão a funcionar com relativa normalidade.

Em declarações à agência Lusa, Filinto Lima disse que a adesão às greves mais prolongadas, como é o caso das iniciativas do S.T.O.P., tem vindo a diminuir e é, atualmente, residual.

“Penso que se está a vulgarizar este recurso na luta dos professores e os próprios professores podem já não estar a dar importância a este tipo de greve durante alguns dias”, afirmou o representante dos diretores.

O mesmo não acontece quando estão em causa concentrações, protestos ou greves pontuais, como a paralisação por distritos em curso, convocada pela plataforma de nove organizações sindicais. Nesses casos, Filinto Lima nota mais empenho por parte dos docentes.

Por esse motivo, o presidente da ANDAEP considera que não seria, sequer, necessário decretar serviços mínimos para as escolas, que, muitas vezes, têm condições para ir além daquilo que foi decretado pelo tribunal arbitral.

“Entendo que o Governo tem de tomar uma posição, mas provavelmente nem era necessário o recurso aos serviços mínimos atendendo ao impacto residual e à adesão que esta greve está a ter”, explicou.

De acordo com o acórdão mais recente, referente à greve do S.T.O.P., as escolas devem assegurar, por exemplo, três horas de aulas/tempos letivos diários por turma, de forma a garantir, semanalmente, a cobertura das diferentes disciplinas.

Pelo sindicato, o coordenador nacional do S.T.O.P. disse à Lusa, sem precisar, ter conhecimento de algumas escolas que encerraram, pelo menos parcialmente, no primeiro dia de paralisação.

André Pestana sublinhou, por outro lado, a adesão à manifestação dos trabalhadores das escolas durante o desfile do 25 de Abril, que juntou algumas centenas de pessoas atrás de uma faixa do S.T.O.P., onde se lia “Só não há dinheiro para quem trabalha”.

Entretanto, os docentes e não docentes terminaram hoje o acampamento, que iniciaram na segunda-feira, em Lisboa, e que estava previsto terminar apenas no dia 1 de maio. De acordo com o dirigente sindical, o cumprimento dos serviços tornava difícil manter o protesto com “um número razoável de pessoas”.

A greve por distritos, convocada pela plataforma que integra as federações nacionais da educação e dos professores e que está há uma semana a percorrer todos os distritos por ordem alfabética inversa, de Viseu a Aveiro, incide hoje em Portalegre e termina no dia 12 de maio em Lisboa.

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