A Câmara de Pedrógão Grande aprovou a compra de uma ambulância de transporte de doentes, no valor de 53 mil euros, para a corporação de bombeiros do concelho, disse o presidente da autarquia.
Segundo António Lopes, a medida, aprovada por maioria em reunião do executivo municipal na quinta-feira passada, pretende “responder às necessidades da associação no capítulo do socorro aos utentes”.
“Dadas as dificuldades financeiras da associação humanitária, o município entendeu contribuir para o esforço de socorro e garantir a continuação da operação desenvolvida pelos bombeiros”, afirmou António Lopes.
O presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Luís David, adiantou que a aquisição deste veículo “vem suprir as necessidades de substituir ambulâncias que estão em fim de vida, com quilometragem excessiva, com elevados custos da manutenção e que apresentam também elevados consumos de combustível”.
“Temos viaturas com 500 mil quilómetros e há necessidade de as substituir”, exemplificou Luís David, referindo que a associação recorreu, recentemente, a um empréstimo para adquirir uma viatura de transporte de doentes, dado não ter capacidade financeira para pagamento a pronto.
Agradecendo a disponibilidade do município no apoio aos bombeiros, pois “apoiando os bombeiros está a apoiar a população do concelho”, o dirigente salientou que a maior necessidade da corporação são “equipamentos de proteção individual para combate a incêndios rurais e urbanos”, e considerou que, em termos de viaturas de combate a incêndios, a corporação está equipada.
A corporação conta atualmente com “21 pessoas assalariadas e cerca de 40 voluntários disponíveis”, declarou Luís David, reconhecendo que “é pouco para as necessidades do concelho e dos concelhos vizinhos, quando é chamada para acorrer a estes”.
O presidente da direção acrescentou que a associação humanitária “tem lutado por melhorar as condições do quartel”, havendo necessidade de o dotar com condições para acomodar as mulheres voluntárias.
“Tencionamos remodelar o quartel, mas recorrendo a uma candidatura a fundos europeus. De outra forma é impossível mesmo”, realçou, notando que a corporação, “como grande parte delas, tem dificuldades, inclusivamente em alguns meses para pagamento de salários”.
A remodelação do quartel tem um custo estimado de meio milhão de euros.