A Guarda Nacional Republicana (GNR) detetou cinco ‘drones’ em infração no âmbito da operação de segurança da peregrinação internacional ao Santuário de Fátima, foi hoje anunciado.
“Este ano, houve a deteção de 16 ‘drones’ a iniciar o voo ou a voar (…), sendo que cinco deles se encontravam em infração, uma vez que o espaço aéreo se encontrava interdito, tendo sido levantado o auto de contraordenação [e] será comunicado à entidade administrativa competente”, disse o capitão Joao Lourenço, relações públicas da GNR, citado pela agência Lusa.
Segundo este responsável, os ‘drones’ foram apreendidos às pessoas que pretendiam colocar estes equipamentos aéreos não tripulados sem a devida autorização.
No balanço feito ao dispositivo de segurança montado para a primeira grande peregrinação do ano ao Santuário de Fátima, o militar ressalvou que, até ao momento, “a operação tem estado a decorrer dentro daquilo que é expectável”.
A GNR dá nota de que, na sexta-feira “houve “um grande fluxo de pessoas”, estimando-se a presença de 220 mil pessoas.
No âmbito da criminalidade, o capitão realçou a ausência de registo de furtos.
“Um evento desta natureza, com um número de pessoas concentrado tão significativo, destaco o facto de não temos qualquer registo de furtos”, adiantou o relações públicas, sustentando que “isto é fruto também de um trabalho feito” no âmbito da prevenção da criminalidade.
Por outro lado, adiantou que a GNR referenciou “apenas um falso mendigo” (o ano passado na peregrinação de maio foram 14) reiterando a aposta na prevenção de criminalidade, “um dos grandes objetivos desta operação”, que incluem a garantia da segurança e da fluidez do trânsito.
Questionado sobre a confusão que se gerou no trânsito após as celebrações na sexta-feira à noite, como constatou a Lusa, o capitão João Lourenço explicou que Fátima registou durante diversos dias a chegada de milhares de peregrinos, sendo que, num período “de uma hora, uma hora e meia” depois das cerimónias, as pessoas pretendem sair da cidade.
“É natural que exista sempre algum congestionamento do trânsito”, reconheceu, como sucedeu após a missa de hoje, e que “flui dentro daquilo que é a normalidade possível”, esclareceu, adiantando que na sexta-feira ocorreu uma colisão que gerou “constrangimento do ponto de vista rodoviário”.
Milhares de pessoas participaram nas celebrações de 12 e 13 de maio ao Santuário de Fátima, com o templo a indicar que hoje estiveram na missa final cerca de 200 mil pessoas.
A peregrinação internacional aniversária foi presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. Até domingo, a GNR tem cerca de 700 militares na operação de segurança montada para este 13 de maio em Fátima.