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Cultura

Filme leiriense compete em festival europeu de cinema com inteligência artificial

“January”, ou “Janeiro”, foi realizado no primeiro dia de 2023 exclusivamente com recurso a ferramentas de inteligência artificial.

O filme “January”, do leiriense Bruno Carnide, é a única obra portuguesa selecionada para a competição do +RAIN Film Fest, festival de cinema com recurso a inteligência artificial, a acontecer em junho em Espanha, anunciou o realizador.

“January”, ou “Janeiro”, foi realizado no primeiro dia de 2023 exclusivamente com recurso a ferramentas de inteligência artificial.

De acordo com comunicado do realizador, o filme é um dos dez que competem no +RAIN Film Fest, iniciativa da Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, Espanha, que decorre a partir de 14 de junho. Entre os finalistas, uma dezena de curtas-metragens com duração entre um e 20 minutos, há produções da Bélgica, Malásia, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos da América, Argentina e Espanha.

Os filmes selecionados concorrem a três prémios e serão exibidos durante o Sónar+D 2023, encontro internacional de cultura digital e tecnologias criativas do festival Sónar, nos dias 15 e 16 de junho, e na exposição “Inteligência Artificial”, organizada pelo Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona, em outubro.

O +RAIN é parceiro da Runway, que organizou em fevereiro, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, o AI Film Festival, festival de cinema com recurso em inteligência artificial.

Em abril, na apresentação do festival, o diretor do +RAIN, Jordi Balló, realçou a “grande relevância” do evento espanhol, por ser “o primeiro desta natureza realizado na Europa”.

“Somos protagonistas de uma nova aventura intelectual e criativa para iniciar um caminho pouco explorado até agora: o de descobrir o que significa fazer filmes com inteligência artificial, e devemos estar abertos aos formatos que serão criados a partir de agora”, afirmou então, citado no mesmo comunicado.

Em “January”, o trabalho do realizador leiriense “foi apenas necessário para dar ‘prompts’” sobre uma ideia original e “juntar as peças” geradas por sete ferramentas de inteligência artificial que desenharam, modelaram e animaram imagens, escreveram o texto, gravaram e editaram vozes, criaram a música e assumiram a edição.

Entre as ferramentas de inteligência artificial utilizadas estão o Dall-E, 3D Photo Depht Map, Depthy, ChatGPT, FakeYou ou Soundraw, “das quais algumas já se tornaram obsoletas e desapareceram em poucos meses”.

Entretanto, no dia 22 de maio, Bruno Carnide anunciou o lançamento de um novo filme, “May”, ou “Maio”, disponível no Youtube.

“Decidi continuar a minha experimentação em projetos criados 100% com inteligência artificial”, afirmou o realizador de Leiria num comunicado em que descreveu um “processo mais longo que o primeiro [‘January’], mais complexo e também mais assustador, utilizando unicamente ferramentas gratuitas e disponíveis ‘online’”.

Para esta nova produção, “um processo bem mais ambicioso”, foram utilizadas 16 ferramentas de inteligência artificial.

Mais uma vez, “nenhuma imagem foi capturada, desenhada ou modelada; nenhuma filmagem real foi usada como referência para animação; nenhuma animação ou ‘rigging’ foram feitos; nenhum texto foi escrito ou gravado; nenhuma música foi escrita ou executada; nenhum som foi gravado”.

“O ser humano só foi necessário para dar indicações e juntar as peças”, concluiu.

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