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Incêndios: Região de Leiria com 509 operacionais no dispositivo de combate a fogos rurais 

O responsável do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria garantiu que este dispositivo será, “na medida que for necessário, reforçado sempre com meios destas entidades”.

Joaquim Dâmaso/Foto de Arquivo

O Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR), que hoje entra em vigor, vai ter, na Região de Leiria, 509 operacionais, 119 viaturas e três meios aéreos no período de maior empenhamento, disse o comandante Carlos Guerra.

“A Sub-região de Leiria tem, na sua fase mais potenciada, nos meses de julho, agosto e setembro, um efetivo de 509 operacionais, 119 viaturas e três meios aéreos disponíveis”, afirmou o comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria.

Destes 509 operacionais, 317 são dos bombeiros, 79 da Guarda Nacional Republicana, incluindo-se também a Unidade Especial de Proteção e Socorro, 89 sapadores florestais e 24 elementos da Polícia de Segurança Pública.

A Sub-região de Leiria compreende os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

O responsável do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria garantiu, contudo, que este dispositivo será, “na medida que for necessário, reforçado sempre com meios destas entidades”.

Questionado sobre as maiores preocupações para esta época, Carlos Guerra apontou duas: o comportamento humano e a seca.

“A grande maioria das ignições está relacionada com o comportamento humano. Portanto, quanto menor for o número de ignições, maior capacidade terá o dispositivo para acorrer a cada uma delas. Isto implica que as pessoas tenham comportamentos cívicos que não tenham implicações no que diz respeito ao mau uso do fogo”, declarou.

Frisando que há períodos “em que é estritamente proibido o uso do fogo e, inclusivamente, a permanência dentro dos espaços florestais”, Carlos Guerra aconselhou quem tem “necessidade de fazer alguma atividade relacionada com os espaços florestais” a consultar os sítios na Internet das Câmaras e das várias autoridades.

“A segunda questão tem a ver com o período de seca que estamos a atravessar. Depois do Inverno em que houve alguma chuva em que, sobretudo, os combustíveis finos tiveram um crescimento acentuado, estamos perante um rápido grau de secura destes combustíveis e que vai causar alguns problemas caso haja essas ignições”, alertou.

Carlos Guerra adiantou que na Sub-região de Leiria se “tem treinado muito o dispositivo no que diz respeito à intervenção no combate”.

“A nossa capacidade de intervenção em ataque inicial está completamente maximizada”, assegurou, explicando que, “quando o número de ocorrências é de elevado número” e essa capacidade “não pode ser fortemente musculada em algumas ignições, essas, que eventualmente irão escapar, são aquelas que causam os grandes incêndios”.

A este propósito, reconheceu que “foi assim que aconteceu o ano passado”, quando vários concelhos da Região de Leiria registaram fogos de grandes dimensões.

Segundo Carlos Guerra, “se houver poucas ignições, o dispositivo está preparado e musculado e bem treinado para combater essas ignições inicialmente e debelá-las no ataque inicial”, os primeiros 90 minutos.

“Se houver muitas ignições, o nosso dispositivo, como qualquer dispositivo, é finito, os nossos meios não são infindáveis, têm as suas limitações e depois não conseguem acorrer a todas as ocorrências com a mesma dinâmica”, observou.

O comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil acrescentou que está a ser tentado o reforço o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais, em vigor até 15 de outubro, com um helicóptero pesado, assim como o reforço dos corpos de bombeiros, na Região de Leiria.

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