Carlos Cavalheiro, músico natural da Nazaré, faleceu esta quinta-feira, aos 74 anos, vítima de doença prolongada.
Nascido a 4 de janeiro de 1949, foi durante a década de 70 vocalista do grupo Xarhanga, uma banda de rock alternativa para a época, da qual também fez parte Júlio Pereira. O grupo editou dois singles em 1973, que “praticamente ‘inauguram’ o hard rock nacional”, sublinhou João Carlos Callixto numa publicação no Facebook, de homenagem ao cantor.
“Aquela voz e aquela urgência de tudo transformar com a força do rock continuam hoje a prender-nos e a conquistar novos públicos também a nível internacional, não sendo de somenos que a quase totalidade das letras das canções do grupo sejam da autoria de Carlos Cavalheiro”, escreveu o investigador musical.
Em 1975, Carlos Cavalheiro editou o LP “Bota Fora” e depois disso participou no grupo “5 Napolitanos” na Nazaré.
Ainda no mesmo ano, concorreu ao Festival da Canção com o tema “A Boca do Lobo”, composto por Sérgio Godinho. Ficou em 2.º lugar, a apenas dois pontos da canção vencedora.
Em 1980, surgiram os Alarme, um grupo formado por Carlos Cavalheiro, na voz, Altino Borda D’Água e Silvino Pais da Silva, na guitarra, Orlando Borda D’Água, no baixo, e Vítor Bombas, na bateria. O grupo acabaria por terminar em 1983, após terem editado um single e realizado vários concertos. Mas o percurso da banda ainda teria alguns passos para dar: em 2009, os músicos voltaram a juntar-se e editaram o álbum “Estamos Aqui”.