O Município de Porto de Mós pretende revitalizar o comércio com ações dirigidas em especial aos jovens, no âmbito da candidatura aos Bairros Digitais Comerciais, que terá um apoio de 575.970 euros.
Segundo uma nota de imprensa, a autarquia liderada por Jorge Vala pretende implementar medidas que visam revitalizar o comércio, com iniciativas para todas as faixas etárias, com especial enfoque nos jovens da região.
A candidatura abrange diversas temáticas, como a digitalização da experiência do consumo, a integração em soluções logísticas coletivas, a digitalização de infraestruturas adjacentes, a oferta em plataformas eletrónicas e a conectividade e harmonização urbanística.
O Município de Porto de Mós, no distrito de Leiria, avança que entre as principais medidas está a instalação de mais postos ‘wi-fi’, com acesso gratuito, a criação de uma ‘app’ do bairro com ‘Marketplace’, soluções logísticas coletivas e gestão de tráfego, com sistemas de informação e digitalização do estacionamento.
A autarquia pretende ainda apostar na formação, na indústria criativa e empreendedorismo ao serviço do comércio, em sistemas de monitorização ambiental e cálculo de emissões de CO2 do bairro e a criação da marca, identidade e sinalética do bairro.
A criação e implementação de um plano coletivo de ‘marketing’ e comunicação digital, lançamento de campanhas de ‘marketing’, instalação de ‘mupis’, programa de concentração do comércio e redução dos espaços vazios são outras ações previstas.
O objetivo é o de satisfazer consumidores cada vez mais exigentes, com maior disposição para os canais digitais e com maior necessidade de informação da oferta comercial e de mais descontos e benefícios.
Para o Município de Porto de Mós, existe a necessidade de criar mais impacto na vila a partir do turismo da região, da autarquia e dos eventos desportivos e culturais, assim como aumentar a formação em ‘marketing’ e vendas dos comerciantes, com ações orientadas para cada perfil e nível de literacia digital.
Abrangido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal, a candidatura de Porto de Mós foi uma das aprovadas no Programa Comércio Digital, tendo garantido o quarto lugar na classificação final das candidaturas com mais mérito.
Terá um apoio de 575.970 euros para um investimento total próximo dos 750 mil euros.
A criação de um Bairro Comercial Digital terá impacto em diversas vertentes da economia local, ao nível da digitalização, na governação e gestão da informação, bem como no desenvolvimento sustentável.
O objetivo será sempre promover um maior volume de vendas, mais formação e conhecimentos no digital, maior produtividade e eficiência, mais comunicação e divulgação e mais cooperação e alinhamento entre comerciantes e restantes organismos locais.
Estão abrangidos, nesta fase, mais de meia centena de estabelecimentos e mais de uma centena de comerciantes das principais ruas da vila de Porto de Mós, informa a autarquia, revelando que a conclusão do projeto está prevista para 2025.
Seis concelhos da Região de Leiria viram aprovado um investimento de 6,3 milhões de euros (ME) no comércio, no âmbito dos projetos candidatados ao Programa Comércio Digital Bairros Comerciais Digitais.
Segundo a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Porto de Mós obtiveram aprovação dos seus projetos, num investimento global superior a 3,8 milhões de euros, com intervenção prevista em 327 estabelecimentos de comércio, refere uma nota de imprensa.
“O IAPMEI [Agência para a Competitividade e Inovação] divulgou esta semana o resultado da avaliação das propostas finais para Desenvolvimento de Projetos no âmbito da medida Bairros Comerciais Digitais, registando a candidatura do Município de Alvaiázere a melhor pontuação a nível nacional”, destacou a CIMRL.
A CIMRL explicou que as candidaturas dos municípios de Leiria e Pombal, no valor de 2,4 ME, com um financiamento de 1,9 ME, também foram “consideradas elegíveis, embora, nesta fase, sem dotação financeira confirmada, o que determina a reapreciação dos projetos no âmbito do reforço de verbas para o Programa”.