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Sociedade

REGIÃO DE LEIRIA assume vice-presidência da Associação Portuguesa de Imprensa

Os novos órgãos sociais foram eleitos, por unanimidade, no passado dia 20.

A nova direção da Associação Portuguesa de Imprensa

A Associação Portuguesa de Imprensa (API) tem novos órgãos sociais, eleitos por unanimidade no passado dia 20, com a presidência da direção a ser assumida pela Deco Proteste Editores, representada por Cláudia Maia, diretora e editora de publicações daquela empresa.

O jornal REGIÃO DE LEIRIA, representado pelo seu diretor, Francisco Rebelo dos Santos, passa o ocupar uma das duas vice-presidências da API. O outro vice-presidente é o representante da Cofina, Rui Silva Lopes.

O programa de candidatura da lista vencedora refere que “a imprensa e as empresas do sector enfrentam vários desafios no mundo contemporâneo que são, ao mesmo tempo, oportunidades para reforçar o seu papel enquanto garante de uma sociedade informada e democrática”.

Em declarações à Lusa, a agora presidente da API sublinha que a diminuição de receitas publicitárias, o aumento do custo das matérias-primas, as falhas reiteradas na distribuição de jornais e revistas – aliadas a uma lenta e difícil transição para o digital –, e a rápida disseminação de desinformação nas redes sociais têm colocado em risco a sustentabilidade económica dos meios de comunicação social, mas também a credibilidade dos profissionais que nele operam.

“É preocupante ver que mais de metade dos concelhos em Portugal é ou está na iminência de se tornar num deserto de notícias, ou seja, não ter quaisquer jornais ou rádios aí sedeados”, lamenta Cláudia Maia, o que tem tendência a agravar-se se nada for feito

Além disso, “a mudança de hábitos no consumo de informação e a emergência de novas tecnologias obrigam-nos a pensar em novas formas de fazer chegar a informação aos públicos mais jovens, que são o garante da democracia e da sustentabilidade do sector”, sublinha.

A nova direção defende, entre outras medidas, a necessidade de criar um plano de ação para a transição digital, que passará pela definição de estratégias de produção, distribuição e monetização do conteúdo digital dos media nacionais.

“Olhando apenas para o universo das publicações das empresas associadas, mais de um terço não tem qualquer suporte digital. Temos um longo caminho pela frente”, rematou a responsável.

A Associação Portuguesa de Imprensa foi fundada em 1960 como Grémio Nacional de Imprensa Regional, tendo sido transformada, em 1975, em Associação de Imprensa Não-Diária e, em setembro de 2004, adotou a atual designação. A API tem mais de 200 empresas associadas e representa cerca de 450 títulos de âmbito nacional, regional, local, técnico profissional e especializado.

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