Seis meses depois de visitar as obras de construção da Unidade de Saúde de Parceiros, Azoia e Barosa, o primeiro-ministro regressa na próxima semana a Leiria para inaugurar o novo edifício.
A inauguração está agendada para quinta-feira, 13 de julho, às 15 horas, informou esta sexta-feira a Câmara de Leiria.
A construção do equipamento começou em novembro de 2021, tendo o investimento rondado 1,6 milhões de euros, comparticipados ao abrigo do Plano de Resiliência e Recuperação (PRR).
A nova unidade, que servirá as populações da União de Freguesias de Parceiros e Azoia e da Barosa (União de Freguesias de Marrazes e Barosa), conta com uma área bruta de 745 m2, num terreno com 4.500 m2, e inclui uma área administrativa, uma zona para a prestação dos cuidados de saúde e um espaço para arrumos e apoios, além de zona de estacionamento.
O objetivo é “contribuir para o reforço da rede de infraestruturas de saúde” e “colmatar as disparidades territoriais ainda existentes”, indica a Câmara, que reconhece que esta medida corresponde a um “anseio da população local, uma vez que a capacidade de resposta atual nos cuidados de saúde primários encontra-se aquém das necessidades existentes”.
Entretanto, deverão ficar também concluídos este mês as unidades de saúde de Amor e da Bidoeira.
“Estamos a falar de três obras totalmente novas, de raiz”, afirmou à Lusa o presidente da Câmara, Gonçalo Lopes, explicando que são financiadas pelo PRR, mas tem “uma parte ainda significativa a ser executada pelo município, nomeadamente projetos, aquisição de terrenos e também alguma parte da obra”.
Gonçalo Lopes referiu que o investimento “reforça a importância que o município de Leiria atribui à área da saúde, uma vez que coloca uma parte do seu orçamento também neste tipo de investimento”, salientando ser “uma aposta naquilo que é a melhoria das condições de atendimento na área dos cuidados de saúde primários, muito importante na rede de prestação de saúde”.
“A saúde ocupa hoje um espaço muito importante na estratégia dos municípios, naquilo que é a garantia de qualidade de vida das pessoas, e, portanto, o investimento nestes centros de saúde tem como objetivo a melhoria da prestação de cuidados e também um fator de atração de profissionais”, para que “possam ter as condições ideais para poderem desempenhar as suas funções”, assinalou.
Previstos novos pólos de saúde em Santa Eufémia e Boa Vista, Pousos e Barreira
Ainda de acordo com o município, está prevista também a construção da Unidade de Saúde de Santa Eufémia e Boa Vista, obra de 1,2 milhões de euros, já mapeado no PRR, e as de Pousos e Barreira.
No caso da Unidade de Saúde de Santa Eufémia e Boa Vista, “encerram dois centros de saúde”, esclareceu o autarca.
Com a construção de uma nova unidade nos Pousos, encerra a atual, que “tem uma dimensão reduzida” para os habitantes, e vai ser executado uma na Barreira, que “também terá como objetivo aliviar” o centro de saúde Dr. Gorjão Henriques, na cidade de Leiria, precisou Gonçalo Lopes.
“Estas são as prioridades que temos para este mandato e prevê-se, possivelmente, a construção no futuro de mais um centro de saúde mais a norte do concelho”, adiantou.
Reconhecendo que não basta ter edifícios novos se não houver médicos, Gonçalo Lopes declarou que “aquilo que deverá ser a estratégia futura na captação de médicos para Leiria passará por uma política mais ativa do município”.
O presidente da Câmara exemplificou com a elaboração do regulamento municipal para atribuição de incentivos à fixação de médicos no concelho que contempla, por exemplo, um apoio mensal de 600 euros mensais para arrendamento durante três anos.
“Por outro lado, também há um esforço acrescido no que diz respeito à criação das tais condições de funcionamento dos próprios cuidados de saúde, investindo não só nos novos edifícios, mas também no apetrechamento e nas condições técnicas de funcionamento”, realçou.
A Câmara de Leiria aprovou, em 19 de junho, o projeto de Regulamento Municipal de Atribuição de Incentivos à Fixação de Médicos de Medicina Geral e Familiar e Médicos Especialistas Hospitalares que visa “contribuir para a melhoria da prestação de cuidados de saúde à população”.
“Tendo em conta a dificuldade em fixar médicos nos serviços públicos no concelho, este regulamento visa incentivar a fixação de médicos de medicina geral e familiar [nos centros de saúde] e médicos especialistas hospitalares do Hospital de Santo André”, divulgou a autarquia.